Na noite dessa quarta-feira (06.12), faleceu um dos maiores arquitetos que o Brasil já viu, quiçá, o mundo. Aos 104 anos, Oscar Niemeyer, em decorrência de uma infecção respiratória, nos deixou. O arquiteto já estava passando por diversos problemas de saúde, internado desde o começo de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Respirava com a ajuda de aparelhos. Às 21h55, segundo relato médico, não resistiu e faleceu deixando cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos (sua filha Anna Maria, morreu em junho deste ano, aos 82 anos, também por complicações respiratórias, decorrentes de um enfisema pulmonar).
O mestre das “linhas curvas, livres e sensuais” deixou aclamados e grandes feitos. Para citar apenas alguns, é dele o Edifício Copan, o Memorial da América Latina e o Parque do Ibirapuera, em São Paulo; o Sambódromo carioca e o Museu de Arte Contemporânea em Niterói, no Rio de Janeiro; o projeto Pampulha, em Belo Horizonte, a pedido do então presidente da República Juscelino Kubitschek; o anexo da Serpentine Gallery, em Londres, além de projetos na Itália, França, Portugal, Espanha, Cuba, Israel, Líbano e Argélia; e claro, os principais edifícios de Brasília, nossa capital federal.
Não a toa, recebeu o prêmio Pritzker, maior honraria na arquitetura, pelo conjunto de sua obra. O poeta do concreto vai agora descansar “nas ondas das mornas nuvens do céu”, como ele gosta…
Em tempo: O corpo do arquiteto será velado na tarde desta quinta-feira (06.12) no Palácio do Planalto, em Brasília.