Desde a morte de Diana, nunca se falou tanto na realeza inglesa. Os monarcas, esses seres em extinção, retomaram os holofotes planetários com o advento do enlace de Kate e William, os pombinhos reais. Kate recuperou o conto de fadas da plebeia que se torna princesa – ou duquesa com status de princesa, como queiram. Num amarelo solar, a Rainha Mãe reafirmou seu posto magnânimo no imaginário fantástico das histórias medievais. William, ainda que carequinha, vai se firmando como o bom moço da história, o candidato ideal ao reinado… Mas, ops, há um Príncipe no caminho real, um Rei à espreita… Charles, o traidor, o homem que expôs Diana ao ridículo e, com seu desamor, fez da princesa do povo a figura mais adorada da monarquia – para horror de mamãe Elizabeth.
Pois Charles, agora, vai aproveitar o momentum proporcionado pelo filhote para dar um up na própria imagem. Marcou para a próxima terça-feira (04.05) uma visita à Washington. Providencial visita, dias depois da intensa cobertura do casamento real na TV americana… Na agenda de três dias, encontro com Obama, uma conferência sobre agricultura sustentável (com direito à uma visita rural) e uma homenagem aos soldados ingleses e americanos na sede da Suprema Corte. Nada sério, como prega a cartilha da monarquia em tempos burgueses/democráticos.
O Príncipe não visita os Estados Unidos desde 2007, quando por lá saracoteou ao lado da sua esposa, a Duquesa da Cornuália, esta piada pronta.