Bono segue sua messiânica epopéia tupi. Depois de se reunir com Dilma Rousseff e cobrar uma posição da presidenta sobre as possíveis mudanças do Código Florestal, o vocalista do U2 brindou a plateia de seus dois shows paulistas com um misto de pirotecnia e ativismo humanitário, com direito à defesa veemente da líder da oposição em Mianmar, Aung San Suu Kyi, e homenagem às vítimas do massacre de Realengo – momento genuinamente comovente que fez um estádio inteiro se emocionar.
Nesta segunda-feira (11.04), ainda em São Paulo, Bono foi atendido pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, com quem conversou sobre as ações do Ministério no combate à pobreza. O cantor pediu ao Ministro que leve o exemplo brasileiro de combate à miséria para os encontros dos Ministérios das Finanças dos países do G20, marcados para os próximos dias 14 e 15 de abril em Washington, nos EUA. Quer que a lição do país sirva de exemplo para a erradicação da miséria da África. Mais tarde, o popstar realizou o desejo expresso antes de chegar ao Brasil: bateu um papo com “o cara”, Lula da Silva. No fim da tarde de hoje, no hotel Unique (onde se hospeda a banda irlandesa), os dois conversaram sobre o combate à fome. A questão africana, cara aos dois, novamente foi o tema mais forte – Bono mantém uma fundação, a One, que dedica boa parte dos seus esforços àquela população. E Lula, como você sabe, não mediu esforços para voltar à Pangea.
Que tenham sido boas conversas, que reflitam em ações concretas. Bacana ver o Bono usar seu star quality para jogar luz nas questões que, no frigir dos ovos, realmente importam.