As mulheres de Dilma

Dilma Rousseff tem ganhado a simpatia deste site. Mudou o tom da diplomacia brasileira e votou a favor da defesa dos direitos humanos e contra o Irã na ONU. Fez um bonito papel na recepção à Obama, falando de arte num correto inglês. Recebeu Shakira e quase arranhou o violão. Sentou-se no sofá da Hebe. Formou o maior time feminino já escalado para o Ministério. Demonstra apreço pela cultura e uma surpreendente delicadeza, que escapa de vez em quando, assolada pela postura francamente autoritária.

Nessa sexta-feira (25.03), a presidenta mais uma vez  corteja a inteligentsia feminina. Vai receber 30 cineastas mulheres no Palácio da Alvorada para o primeiro de uma série de encontros mensais com a classe artística. Na lista estão Anna Muylaert, Carla Camurati, Lucélia Santos, Bia Lessa, Lucia Murat, Tizuka Yamasaki, Monique Gardenberg, Norma Bengell (recobrando a simpatia do governo). Dilma e suas convidadas vão assistir, no cineminha do Palácio, a uma sessão fechada de É Proibido Fumar, filme de Muylaert estrelado por Glória Pires – que não deve ir por conta das gravações do folhetim das 21h.

Ao aproximar-se do setor cultural, Dilma suaviza sua imagem. Ela ganha com isso. Resta saber se a vida cultural do brasileiro também vai se beneficiar. Tudo indica que sim.