Morreu nesta quarta-feira (23.02) a atriz Elizabeth Taylor, aos 79 anos, por insuficiência cardíaca. Estava acompanhada dos filhos. Uma das últimas divas do cinema, a atriz fez a sua estreia em Hollywood ainda criança. Tinha 12 anos quando estrelou A Mocidade é Assim Mesmo. Nunca mais parou. Uma das mulheres mais lindas e talentosas de que se tem notícia, protagonizou as grandes obras dos anos 50 e 60. E levou Oscar, dois deles, por Quem tem medo de Virgina Woolf e Disque Butterfield 8.
Moderna e milionária para a sua época, Taylor encabeçou a lista de atrizes mais bem pagas nos anos 60. Pioneira, começou a praticar filantropia lá atrás, bem antes de ser “bacana” ajudar ao próximo. E desde os anos 80 levantava fundos para as campanhas contra a AIDS, impulsionada pela morte de Rock Hudson, seu amigo da vida inteira, que morreu em decorrência da doença. Por seu trabalho, recebeu do então presidente Bill Clinton a medalha Presidential Citizens Medal, a segunda de reconhecimento mais importante nos Estados Unidos. Fez fama também pelos inúmeros casamentos, oito (!) numa época em que desquite não era coisa de boa moça. Seu amor mais famoso, entretanto, foi o inglês Richard Burton. Com ele, viveu um romance tórrido, subiu ao altar duas vezes, passou por problemas com drogas e alcoolismo e fez duplas em vários filmes dos anos 60, entre eles no antológico Cleópatra. Os problemas com drogas, aliás, a acompanharam por boa parte da sua vida. Era venerada pelos homens e idolatrada pelas mulheres, que se solidarizavam com os dramas reais de Elizabeth. Foi também uma das poucas grandes amigas de Michael Jackson. Várias das músicas deles foram dedicadas a ela, a quem o rei do pop chamava de “Liberian Girl”, nome de uma canção.
Elizabeth havia sido internada em fevereiro deste ano no hospital Cedars-Sinai de Los Angeles. Mas o problema de saúde é mais antigo: em 2009, passou por uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Já usava cadeira de rodas ha mais de cinco anos. Dizia que não podia mais suportar a dor. Mas também que não se arrependia de nada do que fez. “Vivi intensamente”, falou em uma das suas últimas aparições públicas, numa festa em sua homenagem, em NY, no ano passado. E viveu mesmo.
“Sempre seremos inspirados por sua contribuição ao mundo”, divulgou num comunicado Michael Wilding, um dos filhos da atriz. Mais uma diva, uma das últimas, do cinema que se vai. Grande perda para a sétima arte, que acordou mais triste. Vai deixar saudades, e uma obra insubstituível. R.I.P