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Com abertura de PanAm, hotel Maksoud Plaza foca no público jovem

Por André Aloi

Um elevador panorâmico com vista de dentro do hotel Maksoud Plaza, depois, um imenso corredor que lembra um finger de aeroporto, dois lances de escada e uma porta giratória. Pronto, você aterrissou no mais novo bar nas alturas de São Paulo, o PanAm Club.

O espaço, que abre as portas neste sábado (24.01) com programação surpresa, é apenas o primeiro passo de um projeto no mínimo audacioso por parte de Facundo Guerra. Ele e seu staff querem levar ao luxuoso hotel um público jovem e uma galera que não pisava lá há, pelo menos, 15 anos.

Novo responsável pela área de Marketing do complexo hoteleiro – a convite do dono do hotel, Henry Maksoud Neto -, o empresário do Grupo Vegas espera que o espaço seja um laboratório de amplificação de coisas bacanas que estejam rolando pela cidade. “A ideia é ocupar o cinema, o bar, o restaurante e até a floricultura que hoje está fechada. Rejuvenescer, mantendo a identidade”.

A ideia é levar gente que está fazendo coisas na mão e que tenha relação com a cultura de São Paulo. “Uma gente legal, que hoje não tem espaço, ficará hospedada aqui por um tempo”, explicou Facundo, numerando outras áreas, como artesanato, hotelaria e música como focos dessa encubadora.

O espaço com vista 360º, localizado no 22º andar do Maksoud Plaza, em São Paulo, nunca abriu as portas ao grande público. Desde que o hotel foi inaugurado, em 1979, o local era para ter sido parada obrigatória por quem chegasse de helicóptero para um drink, little talks… Mas a ideia nunca vingou.

Pelo menos, até agora. “Quando conheci, vi o espaço, falei que queria começar a intervenção por aqui. Demorou três meses, trabalhando 16 horas por dia, desde a nossa primeira reunião, para que tudo ficasse pronto”, contou Facundo sobre o encontro que teve com Henry, em 1º de outubro de 2014. O local abriga hoje uma pista de dança, três bares e banheiros. O heliponto vira fumódromo, mas quando chove as pessoas são obrigadas a voltar para o espaço coberto por segurança.

O hot spot tem referência francesa de um estabelecimento chamado sugestivamente de Point Éphémère, em Paris. Facundo havia registrado a marca PanAm há cinco anos, bem antes da série (que é de três anos atrás). Ele diz que gostava do nome e resolveu pedir a liberação para bares e restaurantes. “É um nome anterior ao Lions. Não usei lá porque não tinha a ver com a locação. PanAm é um rooftop, laje, lugar alto. Aqui também é um prédio que recebe bastantes companhias aéreas. Tudo se encaixou”.

O PanAm vai funcionar mais como casa de shows do que como boate, com lotação de até 300 pessoas. A programação está totalmente aberta. “Tem uma festa legal, tem um gringo dando sopa na cidade, tem um festival de música rolando. Cada abertura do PanAm, a gente quer que seja especial”, comentou. “Abre quando tem razão para abrir. Se não tem, a gente deixa fechado. O lugar é tão incrível que não queremos desgastar”.

Uma spin-off do festival Meca, na última quinta (23.01), foi um preview do bar efêmero, que entra no circuito de casas noturnas comandados por Facundo e seu time de sócios – Bob Yang, Cacá Ribeiro, Marcelo Beraldo e Lucio Ribeiro – em outros empreendimentos do grupo Vegas, como o Cine Joia.

COMES E BEBES
Comandado por atendentes com trajes aeronáuticos, com direito a quepe e tudo, o espaço tem carta de bebidas com cervejas, vodkas, drinks etc. O menu é compartilhado com o hotel, não há cardápio próprio. Mas logo o grupo vai operar o restaurante. A cozinha, que funciona no andar debaixo da pista de dança, abre apenas quando o espaço for alugado, por exemplo.

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