Kanye West, o grande nome desta edicao 2008 do TIM Festival, mostrou a que veio na noite desta quarta-feira (23.10), em Sao Paulo. O show do rapper popstar aconteceu numa arena montada no Parque do Ibirapuera, locacao muitissimo mais agradavel do que o Anhembi, onde o festival se deu, no ano passado. Contribuiu para o conforto geral o numero de pessoas, aquem do esperado – para os fas de Kanye, tanto melhor.
O rapper trouxe ao Brasil o show “Glow in The Dark”. Sozinho num palco sem instrumentistas (escondidos pela cenografia), o cantor encarna um viajante espacial que se perde em alguma galaxia longinqua. Sua unica companheira na jornada e Jane, a nave espacial que bate uns papos com ele durante o percurso, numa analise pseudo-psicanalitica entremeada por cancoes de “Graduation”(2007), o album mais poderoso de Kanye, que o alcou definitivamente a posicao de popstar, para alem do rap.
Para quem e fa, extase. Kanye seguiu a risca o script do show. “Good Morning” elevou os animos, “Champion” mostrou que alem de bom produtor ele e cantor dos melhores… “Stronger” revela o Kanye completo, artista esperto que soube fazer como ninguem a ponte entre o rap e a nova musica destes tempos, eletronica, sampleada, robotica, mas sobretudo organica, com instrumentos e vocais fortes. Kanye e o rapper que virou cult, feito rarissimo.
Ali no meio do show, do alto de seus snickers Nike que brilham no escuro, Kanye mostrou a cancao que fez para sua mae, que faleceu ha alguns meses. Letras mais tristes e um vocal mais calmo devem ser a tonica de “808s & heartbreak”, o novo album. No final do show, Kanye cantou o primeiro single, “Love lockdown”. Nao tem o mesmo impacto ao vivo. Mas e novo, e experimento. E se Kanye merece algum credito, certamente e pela coragem de buscar o que e inesperado. E de criar novos dialogos – ele tirou o hip hop do gueto e convidou todo mundo para a festa.
RG circulou pelo show e te mostra quem foi… Infelizmente nao pudemos registrar as pessoas la dentro, mas ei-las aqui no euforico momento da entrada…