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Rio recebe o 1º Festival de Teatro Amir Haddad

Foto: Divulgação

Uma das maiores referências do teatro nacional, o diretor e encenador Amir Haddad terá seus 86 anos celebrados com a mesma maestria que imprime em seus trabalhos. A famosa comemoração que acontece a cada 02 de julho entre amigos será, este ano, extensiva a todos. Entre 03 e 16 de julho acontece o 1º Festival de Teatro Amir Haddad, evento realizado no Centro Cultural Casa do Tá na Rua, na Lapa, que vai reunir uma programação cultural vasta ao longo de 13 dias.

Idealizado e com curadoria assinada por Máximo Cutrim, ator e integrante do Tá na Rua, com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/SMC e realizado pelo Instituto Tá Na Rua, o festival exibirá espetáculos dirigidos por Haddad com ingressos a preços populares (inteira a R$ 20), além de uma gama de atividades artísticas gratuitas.

O festival trará uma seleção cuidadosa de peças teatrais de diversos gêneros, estilos e formatos, todas dirigidas e/ou supervisionadas por Haddad, com diversos atores em trabalhos de muita importância para cena teatral brasileira. Dentre eles está Andrea Beltrão com sua “Antígona”; Pedro Cardoso com “Recém-Nascido”; Cláudia Abreu em “Virgínia”; Clarice Niskier apresentará em repertório “A Alma Imoral”, “A esperança na caixa de chicletes ping pong” e “Coração de Campanha”; Gilson de Barros com “Riobaldo” (trilogia “Grande Sertão, Veredas”); Vanessa Gerbelli em “Sombras no final da escadaria”; Lorena da Silva em “A mulher ideal”; o Teatro Universitário Carioca (TUCA) com “Re-acordar”, o Grupo Tá Na Rua com “Geografia Popular” e “Zaratrusta”, com Viviane Mosé, que se apresentará com o próprio Haddad Uma das maiores referências do teatro nacional, o diretor e encenador Amir Haddad terá seus 86 anos celebrados com a mesma maestria que imprime em seus trabalhos.

“Com uma brilhante trajetória no teatro, Haddad é um dos grandes nomes da cena teatral brasileira onde, com seu trabalho inovador e impactante, influenciou gerações de artistas e apaixonados por teatro. Estar à frente desse festival com apenas 26 anos é uma grande honra e responsabilidade. Sou natural de São Luís (MA), e nos últimos oito anos tenho me dedicado integralmente a estar ao lado de Amir, aprendendo todos os dias. Me sinto preparado e amparado para estar vivendo esse momento, e a ideia é cravar de vez o legado e a importância de sua obra na vida cultural do Brasil. E como nada se faz sozinho, muito menos no teatro, conto com o direcionamento leal da nossa coordenadora e matriarca Maria Helena e todos os meus colegas de grupo”, afirma Cutrim.

Dono de uma mente inquieta e com abordagem visionária, Haddad dirigiu espetáculos de grande diversidade temática e estilística, explorando desde clássicos da dramaturgia universal até obras contemporâneas de autores nacionais e internacionais. O festival realiza uma homenagem ao legado de Haddad em vida, em uma oportunidade de celebrar sua contribuição à cultura brasileira. Para o aniversariante homenageado, comemorar a nova idade recebendo um festival de teatro que leva o seu nome lhe causou surpresa.

“Eu nem sei ao certo associar uma coisa à outra, mas o que me espanta muito é, ao fazer um levantamento dos espetáculos do panorama teatral do Rio de Janeiro e do Brasil, no geral, é que tenha tantos espetáculos com a minha assinatura. E a maioria deles monólogos, porque é muito difícil montar uma peça, mas com os melhores atores e atrizes do País. Ver tudo assim, reunido, em quantidade, qualidade e diversidade da minha produção cultural é o maior barato, porque dá uma perspectiva da minha produção, e com o sentimento de potência e vigor físico, mental e intelectual muito grande dos quais eu ainda sou possuidor”, celebra.

Aos 66 anos de atividade profissional, passa longe qualquer possibilidade de retiro ou aposentadoria para Haddad. “Eu trabalho intensamente. Eu nunca fiz outra coisa da minha vida, eu vivo e sempre vivi do teatro, sou muito grato por ter escolhido essa profissão. O teatro não me negou nada e eu me dei por inteiro. Eu gostaria que este festival produzisse uma reativação da vida cultural brasileira e carioca e, mais ainda, restabelecesse o nível de inquietação e interesse pelo teatro. Porque de repente fica parecendo que o teatro é uma atividade morta e ultrapassada, quando, na verdade, é a única forma de manifestação viva que nós temos. Passada a pandemia, só nos resta a presença. E a presença é o teatro”, sentencia.

Além das apresentações teatrais, o festival também contará com uma série de atividades paralelas relacionadas à trajetória de Haddad, como oficinas, conversas, exibição de filmes, performances musicais e uma exposição imersiva. Durante duas semanas, o Centro Cultural Casa do Tá Na Rua será espaço de aprendizado, troca de ideias e interação entre artistas, estudantes, amantes do teatro e toda a comunidade interessada.

Haddad não vê tanta diferença no seu fazer artístico em relação a outras fases. “Não existe um padrão para 86 anos, a variedade é muito grande, o que temos é a vida de cada um. Mas eu estou desta maneira: poderoso, ereto, forte, viril, criativo e energizado. E tem outros com a mesma idade que já engoliram a dentadura. Eu sou uma pessoa muito intensa, com muita vida, nunca tive pausa ou intervalos, sempre precisei viver intensamente. Continuo fazendo as coisas que sempre quis e gosto de fazer, e o que me chega às mãos para fazer, como se tivesse 16, 19 anos. Graças a Deus sempre tive oportunidade de trabalhar, sou uma pessoa permanentemente interessada no mercado e por quem o mercado se interessa. Eu tenho o que dizer – e tem gente que se interessa em ouvir. O teatro é matéria de salvação”, diz.

Foto: Divulgação

“Com uma brilhante trajetória no teatro, Haddad é um dos grandes nomes da cena teatral brasileira onde, com seu trabalho inovador e impactante, influenciou gerações de artistas e apaixonados por teatro. Estar à frente desse festival com apenas 26 anos é uma grande honra e responsabilidade. Sou natural de São Luís (MA), e nos últimos oito anos tenho me dedicado integralmente a estar ao lado de Haddad, aprendendo todos os dias. Me sinto preparado e amparado para estar vivendo esse momento, e a ideia é cravar de vez o legado e a importância de sua obra na vida cultural do Brasil. E como nada se faz sozinho, muito menos no teatro, conto com o direcionamento leal da nossa coordenadora e matriarca Maria Helena e todos os meus colegas de grupo”, afirma Cutrim.

Dono de uma mente inquieta e com abordagem visionária, Haddad dirigiu espetáculos de grande diversidade temática e estilística, explorando desde clássicos da dramaturgia universal até obras contemporâneas de autores nacionais e internacionais. O festival realiza uma homenagem ao legado de Haddad em vida, numa oportunidade de celebrar sua contribuição à cultura brasileira. Para o aniversariante homenageado, comemorar a nova idade recebendo um festival de teatro que leva o seu nome lhe causou surpresa.

“Eu nem sei ao certo associar uma coisa à outra, mas o que me espanta muito é, ao fazer um levantamento dos espetáculos do panorama teatral do Rio de Janeiro e do Brasil, no geral, é que tenha tantos espetáculos com a minha assinatura. E a maioria deles monólogos, porque é muito difícil montar uma peça, mas com os melhores atores e atrizes do país. Ver tudo assim, reunido, em quantidade, qualidade e diversidade da minha produção cultural é o maior barato, porque dá uma perspectiva da minha produção, e com o sentimento de potência e vigor físico, mental e intelectual muito grande dos quais eu ainda sou possuidor”, celebra.

Aos 66 anos de atividade profissional, passa longe qualquer possibilidade de retiro ou aposentadoria para Haddad. “Eu trabalho intensamente. Eu nunca fiz outra coisa da minha vida, eu vivo e sempre vivi do teatro, sou muito grato por ter escolhido essa profissão. O teatro não me negou nada e eu me dei por inteiro. Eu gostaria que este Festival produzisse uma reativação da vida cultural brasileira e carioca e, mais ainda, restabelecesse o nível de inquietação e interesse pelo teatro. Porque de repente fica parecendo que o teatro é uma atividade morta e ultrapassada, quando, na verdade, é a única forma de manifestação viva que nós temos. Passada a pandemia, só nos resta a presença. E a presença é o teatro”, sentencia.

Além das apresentações teatrais, o festival também contará com uma série de atividades paralelas relacionadas à trajetória de Haddad, como oficinas, conversas, exibição de filmes, performances musicais e uma exposição imersiva. Durante duas semanas, o Centro Cultural Casa do Tá Na Rua será espaço de aprendizado, troca de ideias e interação entre artistas, estudantes, amantes do teatro e toda a comunidade interessada.

Haddad não vê tanta diferença no seu fazer artístico em relação a outras fases. “Não existe um padrão para 86 anos, a variedade é muito grande, o que temos é a vida de cada um. Mas eu estou desta maneira: poderoso, ereto, forte, viril, criativo e energizado. E tem outros com a mesma idade que já engoliram a dentadura. Eu sou uma pessoa muito intensa, com muita vida, nunca tive pausa ou intervalos, sempre precisei viver intensamente. Continuo fazendo as coisas que sempre quis e gosto de fazer, e o que me chega às mãos para fazer, como se tivesse 16, 19 anos. Graças a Deus sempre tive oportunidade de trabalhar, sou uma pessoa permanentemente interessada no mercado e por quem o mercado se interessa. Eu tenho o que dizer – e tem gente que se interessa em ouvir. O teatro é matéria de salvação”, finaliza.

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