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MAC-USP recebe a mostra “Cybèle Varela. Imaginários Pop”

Foto: Divulgação/MAC-UPS

Com curadoria de Ana Magalhães, diretora do MAC-USP, museu que recebe a mostra, e da historiadora de arte Ariane Varela Braga, o MAC-USP, no ano em que comemora seus 60 anos, apresenta “Cybèle Varela. Imaginários Pop”, exposição que reúne uma seleção das pinturas e objetos mais emblemáticos da artista do final dos anos 1960. De 1º de julho a 1º de outubro de 2023.

Os trabalhos procedentes da coleção do próprio museu e de acervos públicos e privados destacam o papel desempenhado pela cultura de massa, questões sociais e políticas, bem como as experiências transnacionais na realização da produção inicial de Cybèle; uma obra pioneira das questões feministas e que contribuiu para os discursos artísticos brasileiros e internacionais da Pop Art e Nova Figuração até a Figuração Narrativa.

Foto: Divulgação/MAC-UPS

Segundo as curadoras, o ano de 1967 foi um momento significativo para a artista, quando o MAC-USP lhe concedeu o importante prêmio da exposição “Jovem Arte Contemporânea” e participou pela primeira vez da Bienal de São Paulo, na qual seu objeto em forma de caixa “O Presente” (1967) foi retirado pela polícia por motivos políticos, antes mesmo da abertura oficial do evento. Essa obra destruída foi refeita em 2018 e faz parte da presente exposição, que tem como ponto de partida os dois trípticos de Varela pertencentes à coleção do museu paulistano: “De tudo que pode ser” (1967) e “Cenas de rua” (1968).

Foto: Divulgação/MAC-UPS

Sobre o primeiro, ganhador do prêmio JAC, a artista explica que vinha explorando a questão da transformação, de tudo que pode vir a ser. “Numa sequência quase cinematográfica, pintei uma moça atravessando a rua e cruzando com algumas freiras; e, no momento do cruzamento, elas trocam de roupa. A moça veste a saia longa do uniforme religioso e as freiras a minissaia, que estavam na moda no período”.

Cybèle Varela – Foto: Divulgação

Segundo as curadoras, nestes trabalhos, e em seus outros objetos em forma de caixa, quebra-cabeças e pinturas em madeira, a artista explorou a representação do ambiente urbano, tingida de crítica social, questões de gênero e ironia. “As obras são frequentemente definidas por linhas geométricas – como travessias para pedestres ou luzes e sombras – que marcam e estruturam o espaço de forma enigmática”, ressalta a dupla.

MAC-USP – Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, São Paulo.

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