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Festival Arte Serrinha celebra a conexão cultural entre Brasil e Japão

Foto: Divulgação

Mananciais são fonte de água. Superficiais ou subterrâneas, águas que alimentam ecossistemas e que servem ao abastecimento público. Dos grotões da Serrinha, fazenda na Mantiqueira, brotam nascentes que desembocam na bacia do rio Piracicaba e alimentam as represas da Cantareira. Dessa terra, reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural, brota também uma outra fonte fundamental para o abastecimento “do espírito” público e para a manutenção da Mata Atlântica: o Festival Arte Serrinha, que há 21 se caracteriza pela mistura harmoniosa entre a criação artística e a preservação da natureza. “O papel da Arte Serrinha é realizar e fomentar um conjunto de iniciativas em arte e educação que envolvem livre criação, pesquisa e experimentação, difusão de conteúdos e ofertas de experiências que priorizam as relações humanas e a reflexão”, diz Fabio Delduque, criador e diretor do festival. Por lá já passaram artistas como Arnaldo Antunes, Gero Camilo, Bené Fonteles, Zé Celso, Luiz Braga, Ney Matogrosso, Mayra Andrade, entre outros. A próxima edição do Festival Arte Serrinha acontece a partir de 8 de julho.

No seu segundo ano depois da interrupção forçada pela pandemia, oficinas, debates, pocket show e performances artísticas da 21ª edição do Festival Arte Serrinha se concentram no tema “Oriente”. “Vamos tratar da contribuição da cultura oriental para o mundo contemporâneo e também do encontro entre tradição e vanguarda que marca a conexão entre a cultura brasileira e japonesa”, diz Delduque. Para isso estamos trazendo alguns artistas do Japão e também convidados brasileiros de origem nipônica, artistas que tratam desta temática nas suas obras e outros que irão representar a cultura brasileira na sua relação com o Oriente. Uma das principais atrações é a residência musical com curadoria do percussionista Marcos Suzano, que em suas muitas viagens ao Japão colaborou com diversos músicos que virão para a Serrinha. Além do show de abertura com a cantora Fernanda Takai.

Destaques da programaçã0

– O ateliê principal da Serrinha se transformará em estúdio de gravação: a Oki Dub Ainu Band, formada por seis músicos do povo Ainu, do norte do Japão, irá tocar e compor com um grupo de brasileiros que contará com André Abujamra, Xênia França e as percussionistas Raquel Coutinho e Franci Óliver para uma semana de criação musical. O resultado dessa residência será o lançamento de um álbum, parceria entre a Arte Serrinha e o produtor musical e idealizador do selo Brasil Discos, Béco Dranoff.

– O fotógrafo e multiartista Gal Oppido, autor do cartaz do festival, irá ministrar uma oficina em parceria com a artista visual Catarina Gushiken, que trabalha com performances e caligrafias sensitivas, com referências ao tradicional shodô porém inventadas e sobre suportes diversos, incluindo o corpo humano.

– A Associação Nipo Brasileira da Região Bragantina está colaborando com a curadoria, com a produção e a divulgação do festival para ampliação de público. Entre as atividades previstas para o público em geral estão oficinas de dança Butoh, de poesia Haikai com a poeta e escritora Alice Ruiz, de origamis, cerâmica, moda, entre outras.

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