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Projeto aborda representatividade e inclusão na música

Foto: Divulgação

A Sony Music Brasil apresenta o P.O.P: Pessoas Ouvem Pessoas, projeto audiovisual sobre representatividade e inclusão na música, que será dividido em duas etapas: programa de debate e websérie com depoimento de fãs (anônimos e famosos).

O projeto tem como um de seus desdobramentos, o programa “Music & Talk”, apresentado por Ikaro Kadoshi. Na atração, cantoras brasileiras – como Mariah Nala, Manda, Priscilla Alcântara e Karol Conká – debatem sobre como as músicas das divas pop (do calibre de Whitney Houston, Britney Spears, Beyoncé, P!nk e Sia) podem ser ferramentas de superação, alegria e força para as pessoas lidarem com algumas situações do cotidiano.

“Foi um presente, pois minha arte está ligada diretamente à música. Ou melhor, às mensagens que ela é capaz de passar com suas letras e melodias”, conta Kadoshi. A atração estreia com o primeiro episódio, “Desconstruindo os padrões de beleza”, já disponível no canal oficial do Filtr Brasil no YouTube. O programa contará ainda com mais 4 blocos temáticos, que serão lançados até o final de junho.

Em cada bloco, convidados, fãs e especialistas opinam sobre diferentes assuntos: desconstrução de padrões de beleza, saúde mental, empoderamento feminino e valorização das culturas negra e LGBTQIAPN+. Na bancada fixa, a psicóloga Ana Carolina Diolindo, o jornalista André Aloi (editor de cultura da revista Harper’s Bazaar Brasil) e o criador do Popline, Flávio Saturnino. Os convidados são o influencer Eduardo Victor, conhecido como Dudu, Laura Queiroga e Evandro Gomes (ambos do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR), Mariana Abreu (Growth Lead no Spotify) e Bruna Araújo (People Experience na Sony Music Brasil). Eles narram suas experiências de vida relacionadas ao tema sob a perspectiva fã x artista.

Conhecida como a drag que leva emoção aos palcos, Ikaro se coloca como ouvinte nos relatos de fãs, que discorrem sobre superação, liberdade, equilíbrio, representatividade e força. “Minhas performances sempre levam à discussão da existência humana, reforçadas por uma música que diga sobre o que estou refletindo: traição, amor, raiva, amizade, fracasso etc.”, explica. “Sempre desnudei minha alma em drag, mas nunca meu corpo. Isso foi potente. Tenho muitas questões relacionadas a autoestima e beleza enquanto ser humano”, acrescenta.

Durante o programa começou a fazer as pazes com pedaços que lhe faltavam para se ver com mais amor, mais acolhimento e sem vergonha alguma de corpo, mente e coração. Em suas próprias palavras: “libertador”.

Segundo conta, ainda há uma visão muito enferrujada de que a drag deve ser a responsável por fazer as pessoas rirem, e de que são contratadas para falar sobre coisas óbvias, como maquiagem. “Mas, somos múltiplas: em histórias, conhecimentos agregados à arte drag, e, geralmente, temos uma visão mais ampla do mundo e de suas dores pela maneira marginal que o mundo nos trata.” No dia da gravação, a saber, tudo o que a apresentadora falava em frente às câmeras vinha de sua intuição, pois não contava com o apoio do teleprompter.

“De coração e do momento. Saber ouvir o outro e entender a conexão faz toda a diferença. Uma das coisas que mais amo é conversar sobre nosso existir neste tempo e espaço”, conclui.

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