Cantora paraense Naieme – Foto: Duda Santana
Natural de Belém e criada na Ilha do Marajó, Naieme se transforma em rainha da tempestade e se alastra para as outras regiões do Brasil com mais um trunfo no mundo da MPB. Após lançar o single “Yagô” e fazer o público mergulhar nas águas doces com Janaína/Iemanjá, em fevereiro de 2023, Naieme apresenta “Azura”.
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O novo single da cantora conta com a produção de Paulo Dáfilin, conhecido por comandar as produções de Maria Bethânia, Zeca Pagodinho e outros nomes prestigiados da música popular brasileira.
Em “Azura”, Naieme mergulha no realismo fantástico amazônico, nas histórias, lendas e mistérios da região. Composta por Naieme em parceria com seu pai, o cantor e compositor Alfredo Reis, a sonoridade de Azura é pop, é tribal, é sofisticada, refletindo diferentes manifestações da música brasileira, tudo isso lapidado pelas mãos de Paulo Dáfilin. O novo single é um complemento de “Yagô” para construir a narrativa do álbum “Altar” que está em fase de produção.
“Azura é um nome de mulher, ela é uma entidade feminina dos ventos e chuvas, uma encantada que vem do céu e se transforma em cobra nas matas amazônicas. Ela pode até ter outros nomes, mas foi assim que ela se apresentou pra minha avó Rosa e virou música nas mãos do meu pai” , comenta Naieme.
A cantora paraense é natural de Belém (PA), no bairro da Cidade Velha, tendo sido criada entre a capital e o município de Salvaterra, na Ilha do Marajó. Mora no Tapanã, bairro da periferia onde também se criou. “Eu sou uma cantora criada com a cultura popular, de rua, do Boi (bumbá), do folclore. A cultura da periferia faz parte da minha vivência, ao mesmo tempo que abraço outros gêneros por conta da minha formação musical acadêmica” pontua Naieme, que durante sete anos foi solista da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz.