“Amazônia, Coração da Mãe Terra” alerta para a preservação da Amazônia e de seus povos originários – Foto: Todd Southgate
O documentário “Amazônia, Coração da Mãe Terra” (2022), codirigido e coproduzido pelo jornalista e diretor francês Gert-Peter Bruch e pela princesa Esmeralda da Bélgica, ambos ativistas socioambientais, terá sua primeira exibição no dia 29 de abril, no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo.
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Com narrativa poética e protagonismo das mais expressivas lideranças indígenas em atuação no País, “Amazônia, Coração da Mãe Terra” adverte para a urgência de articulação de esforços globais em defesa dos povos originários e da preservação dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo.
A exibição única e gratuita do documentário “Amazônia, Coração da Mãe Terra” contará com a presença do diretor, lideranças indígenas e da princesa Esmeralda da Bélgica, que farão um bate-papo após o filme. A conversa também terá a presença do advogado Orlando Villas-Bôas Filho e de Marina Villas-Bôas, filho e viúva do sertanista Orlando Villas-Bôas. Entre 1963 e 1975, em importante colaboração no Xingu, Marina atuou como enfermeira e foi responsável pelo ambulatório designado para cuidar da saúde dos indígenas, com resultados excepcionais, como zerar os registros de óbito infantil.
“Proteger um bioma é proteger todos os biomas e esse filme é um exemplo de como todos eles estão interligados e como a preservação perpassa o social. O documentário é uma ferramenta importantíssima na batalha pela conservação, essa tem sido a nossa experiência”, defende Mônica Guimarães, diretora-executiva do Documenta Pantanal, também produtora executiva do É Tudo Verdade, festival de documentários da América Latina.
O líder indígena Raoni Metuktire aparece em vários depoimentos no filme. “Graças a Mãe Terra, as folhagens nos protegem e resfriam o chão. Nós respiramos ar puro e repelimos os incêndios. Não é mais o caso de todas essas regiões onde a floresta já foi arrancada. Restam apenas pequenas ilhas de floresta que eles também querem destruir. Eu não gosto disso. Não gosto nada disso”, adverte e lamenta em um deles.
A solução para conter a devastação é conhecida há décadas, como reitera o diretor de “Amazônia, Coração da Mãe Terra”. “O mapa idealizado há 40 anos está exatamente nas áreas protegidas da Amazônia, o resto sumiu. Se você demarcar a terra, estará protegendo a terra; se não fizer isso, perderá a floresta”, diz Bruch.
Com fotografia exuberante da fauna e flora amazônicas – imagens que dialogam com a impactante trilha sonora composta de música incidental e das chamadas “Canções da Mãe Terra”, a cargo de Clément Garcin e Béatrice Little Bear –, o filme conta com o apoio de um importante parceiro local para sua difusão no Brasil, o Documenta Pantanal, instituição que reúne profissionais de diversas áreas com o desafio de tornar os protetores e as riquezas do Pantanal mais conhecidos do grande público.
SERVIÇO
Exibição do documentário “Amazônia, Coração da Mãe Terra”
Data: 29 de abril
Horário: 20h
Local: Espaço Itaú de Cinema – Augusta, Sala 1 – Rua Augusta, 1475, Consolação – São Paulo
Ingressos gratuitos serão distribuídos 1h antes da projeção