Cultura

Jakelyne Oliveira volta hoje à tela na série “Reis”

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Jakelyne Oliveira como Maaca – Foto: Divulgação/Record TV

Ela já foi Miss Brasil, é comunicadora e está atuando como atriz. Jakelyne Oliveira não deixa a peteca cair quando tem uma dificuldade, muito pelo contrário, ela se dedica e estuda para alcançar seus objetivos.

Nesta segunda-feira (17.04), ela volta a estar em cartaz na série “Reis”, da Record TV, e vai para Moçambique divulgar o trabalho. Lá, além dos compromissos profissionais em prol da promoção da série, Jakelyne vai fazer um safári, e estar perto dos animais. “Eu nunca fui ao zoológico, e ter a oportunidade de fazer um safári e ver os animais próximos de mim, diretamente da África, é um sonho, a concretização de um sonho”, conta.

Em “Reis”, Jakelyne encara a personagem Maaca, uma das esposas do rei Davi, mas se sobressai nas cenas. Por ser estrangeira e filha de um rei, seus hábitos são outros, inclusive das vestimentas, e ela encara tudo com tranquilidade. Vem muito mais dela por aí.

Apesar da carreira de atriz estar em andamento e com destaque, Jakelyne sonha ser comunicadora e ter um programa próprio. Sabe que para isso precisa de muita preparação, e está disposta a apostar em mais esse desafio.

Leia a seguir entrevista que RG fez com atriz.

Você vai para Moçambique, como será o trabalho por lá para a divulgação? Quais são seus compromissos?

Faremos ensaio fotográfico, coletiva de imprensa, visitaremos as emissoras parceiras para divulgação da série. Será uma viagem voltada para promover a série “Reis”, já soube que em Moçambique a série tem um público muito grande, muitos fãs por lá, e estou bastante ansiosa. E nos dois últimos dias teremos oportunidade de conhecer o safári. Estou muito ansiosa, sempre tive vontade de conhecer a África e poder ir a trabalho é um privilégio. Estou contando os dias.

Vai fazer safári, certo? Já fez antes? Qual sua expectativa com o passeio?

Minhas expectativas são altíssimas. Eu nunca fui ao zoológico, e ter a oportunidade de fazer um safári e ver os animais próximos de mim, diretamente da África, é um sonho, a concretização de um sonho. É como se eu estivesse me teletransportando para os filmes que assisto, e estou ansiosa e muito empolgada mesmo. Quero registrar tudo e compartilhar com meus seguidores.

Como como você se preparou para a nova temporada de “Reis”?

Eu confesso que a preparação mais intensa foi antes das gravações começarem na quinta temporada. Antes disso, tive um intensivo de preparação, que foram quatro a cinco meses destrinchando o texto, entendendo cada passagem, cada capítulo, o que a Maaca significava e o que justificava o comportamento dela. E obviamente, estudamos todos os textos das outras temporadas. Então, para esta sexta temporada, eu já estava muito bem preparada, entendendo quem é Maaca, para conseguir dar vida. Tenho uma gratidão muito grande pela Nara, que está comigo desde o início, me ajudando, tirando dúvidas, e conseguindo humanizar a Maaca, que é tão diferente das israelitas e era muito julgada por isso. Foi um intensivão para que eu conseguisse levar a Maaca até o último capítulo, com muita sabedoria.

Conte sobre sua personagem.

Maaca é uma princesa, vem do reino de Gesur, é a quarta esposa do rei David. Maaca é uma mulher ousada, determinada, que não abaixa a cabeça para ninguém. Vai bater de frente com todas as esposas, ela vai causar bastante neste harém. Ela não se deslumbra com o reino de Davi, pois ela vem de um berço muito rico, já é uma princesa e é acostumada com a realeza. Então ela realmente se apaixona por Davi, e quer se casar com ele pois o ama, independentemente de alianças políticas dos reinos.

Como é a relação de Maaca com Davi?

Inicialmente ela se apaixona por ele pois ele salva a vida dela. E o pai da Maaca faz a proposta, uma aliança política, Davi aceita e eles se casam. Será um relacionamento de muita paixão, mas ao mesmo tempo de muitos conflitos, por essa questão da Maaca ser estrangeira, ter costumes muito diferentes do povo israelita. Não será um relacionamento fácil. Maaca é mãe do Absalão, e biblicamente sabemos que ele vai tomar o reino de Davi. E isso vai ser um conflito muito grande entre eles.

Jakelyne Oliveira como Maaca – Foto: Divulgação/Record TV

Você faz o papel da quarta esposa, qual a diferença entre você e as outras mulheres dele?

Por ser estrangeira, ela já é completamente diferente, pelo jeito que se comunica, pelas vestimentas. Ela tem costumes diferentes das outras esposas de Davi, que são israelitas. E um grande diferencial da Maaca é que, por vir de um reino onde o pai dela é rei, apesar da primeira esposa de Davi também ser princesa e o pai ter sido rei de Israel, ele não tinha muitas esposas. Então a Maaca vai ser um ponto de sabedoria nesta questão, de ensinar e explicar para as outras esposas os costumes dos reis. Davi terá mais de oito esposas, então as outras sempre vão ver isso como conflito e ficar chateadas. E a Maaca tem esse diferencial, ela entende e sabe que o rei precisa ter muitas esposas e até usa esta sabedoria para ajudar as outras, mas obviamente com uma pitada de acidez, pois ela adora atormentar a vida das outras. Mesmo quando quer ajudar, ajuda tirando sarro.

Como é participar de uma série religiosa?

É um ensino. Diariamente aprendo nas gravações, lendo os textos. Sou cristã , conheço a Bíblia, sei muitas passagens bíblicas, e poder destrinchar cada processo bíblico, cada história, entender a fundo o que aconteceu e os ensinamentos que podemos tirar dali, está sendo uma grande escola. Sempre tive uma fé muito grande, mas poder estar vivendo uma série religiosa está fortalecendo ainda mais minha fé e me deixando mais próxima de Deus. É muito prazeroso ter um trabalho no qual posso me conectar mais com Deus.

Após a série, quais são os próximos projetos?

Inicialmente, meu intuito é finalizar a série com maestria. Gosto de me dedicar 100% até o final. Depois, quero retornar para São Paulo, onde moro atualmente, já que estava no Rio durante o período das gravações da série. Pretendo visitar minha família, tirar uns dias para estar com eles, já que não pudemos estar juntos nestes últimos meses. Claro que tenho alguns projetos em vista e já encaminhados, mas que ainda precisamos estruturar para tirar do papel – uma deles é entrar, de vez, para a comunicação.

Pretende seguir na carreira de atriz?

É uma carreira que me atrai, que me empolga e me deixa contente, especialmente ao ver o sucesso da Maaca e, claro, da série “Reis”. Atuar vai muito além de um papel, envolve também muitos aprendizados, como eu trouxe aqui. Então é algo que agrega e muito para a minha carreira. Mas existem também outras frentes que me atraem, como a comunicação, por exemplo. Gosto da ideia, por exemplo, de estar à frente de algum programa. Sei que isso exige muita preparação também, mas seria um caminho a se pensar.

Gostaria de fazer teatro? E cinema?

Eu admiro muito quem faz, adoro assistir peças de teatro, mas não sei se conseguiria. Acho extremamente difícil, não se tem espaço para erro. Acho muito difícil, não acho que é algo que tenho muita vontade. Cinema eu tenho muita vontade, tenho esse desejo, mas teatro ainda não despertou em mim.

Jakelyne Oliveira como Maaca – Foto: Divulgação/Record TV

Que conselhos daria para as jovens que gostariam de seguir sua trajetória, primeiro como miss e depois como atriz?

Ser miss é representar nosso país, a nossa cultura, defender causar sociais, apoiar e incentivar causas importantes. Primeiro conselho que daria é identificar a causa que pulsa no coração, que você vai levar e defender. Ser miss é utilizar da sua visibilidade para ajudar ao próximo. Vai muito além de um título de beleza, muito além do reconhecimento através da beleza. Como atriz, é um aprendizado diário, assim como miss. Estou começando agora e busco me espelhar em grandes nomes, me dedicar muito nos textos, nas aulas, entender a personagem, e levo para as gravações sempre o meu melhor. Observo muito os colegas de set, e o observar agrega muito na atuação. É o estudo, a dedicação e sempre dar o nosso melhor em cada cena. Por mais que saibamos que vamos evoluir, é sempre importante dar o nosso melhor, em todos os momentos.

Acha que a representatividade preta no audiovisual melhorou?

É o início, e isso é um longo processo, pois não é apenas ter atores pretos, é tê-los em lugar de destaque, de protagonismo. Além disso, ver e sentir a representatividade significa ter também profissionais negros em todos os cargos que compõem o audiovisual. Essa é uma luta diária, que, sim, tem avançado, mas ainda não é o ideal e precisamos seguir dialogando sobre esses espaços.

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