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Cinema fantástico: Vitória Vasconcellos lança “Bleed, Don’t Die”

Don’t Die”- Foto: Jade Crenian e Billy Gould

O que você faria no dia do fim do mundo? Para a cineasta Vitória Vasconcellos, o que parece ser o fim, pode ser uma oportunidade para cura. Esse é o ponto departida de “Bleed, Don’t Die” (“Sangra, Não Morre”), curta distópico dirigido e estrelado pela pernambucana, que estreia em abril no Fantaspoa, maior festival de cinema de gênero da América Latina, e ficará disponível gratuitamente no streaming Darkflix, por tempo limitado, como parte do evento.

“Na história, duas irmãs tentam consertar seu relacionamento conflituoso no dia em que o mundo vai acabar. Acho que o cinema fantástico consegue confrontar elementos da condição humana que tentamos esconder de uma forma sorrateira. Acredito que a mensagem principal é que, às vezes, tudo que podemos fazer para curar o mundo é curar as feridas que compartilhamos com aqueles que amamos. É assim que a gente salva o mundo”, afirma a atriz.

Mais do que uma simples história apocalíptica, a obra usa como base a clássica literatura medieval, e pode ser encarada como uma ode feminina.

Cena de “Bleed, Don’t Die”- Foto: Divulgação

“O filme surgiu da minha necessidade de falar e homenagear a força apocalíptica da sororidade, e tem sua estrutura inspirada levemente no poema épico medieval “Perceval”, que trata de temas como a morte e a vida que vem da cura. Eu acho que a gente precisa muito de cura. É algo que sempre existiu, mas que a pandemia escancarou. E eu espero que esse curta ajude a entender que a força da cura, do renascimento, da ressignificação da própria morte, vem, frequentemente, de mulher para mulher”, acrescenta.

O curta surgiu quando Vitória foi uma das 20 cineastas emergentes selecionadas para o Laboratório de Desenvolvimento do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF). A produção conquistou o prêmio “TIFF Canadá Goose Share Her Journey” e fez da cineasta a embaixadora do prêmio em 2022.

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