Cultura

33º Prêmio Shell de Teatro anuncia os vencedores de Rio e SP

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Vera Holtz – Foto: Divulgação

O Prêmio Shell de Teatro anunciou os vencedores de sua 33ª edição nesta terça (21.03), no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, em uma verdadeira celebração da diversidade, com a premiação de inúmeros artistas pretos e a primeira artista trans premiada na categoria melhor atriz, Verónica Valenttino, por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”.

A noite foi marcada pela evocação da ancestralidade em vários discursos, que enalteceram as seleções dos júris do Prêmio Shell de Teatro, que tiveram um olhar sensível para contemplar a pluralidade dos artistas brasileiros e suas potências.

Alaíde Costa – Foto: Divulgação

A cerimônia contou com a apresentação das atrizes Marisa Orth e Verônica Bonfim e exaltou ainda a importância vital do teatro e da iniciativa da Shell de seguir investindo em cultura. Como disse uma das homenageadas da noite, Teuda Bara, “o teatro salva”.

A premiação contemplou espetáculos que fizeram temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo fora do período pandêmico, entre 1º de janeiro e 31 de março de 2020 e 1º de abril a 31 de dezembro de 2022.

Léa Garcia – Foto: Divulgação

Além do anúncio dos vencedores, a cerimônia homenageou duas das maiores atrizes brasileiras, Léa Garcia e Teuda Bara, aplaudidas de pé pela plateia. Acompanhada pelo pianista Gilson Peranzzetta, Alaíde Costa interpretou o clássico “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria), para relembrar um dos mais importantes espetáculos da trajetória de Léa Garcia,”Orfeu da Conceição”, que teve estreia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1956, e inspirou o filme “Orfeu Negro”, de 1959, vencedor da Palma de Ouro em Cannes. Léa Garcia participou dos dois trabalhos, firmando seu nome como um referencial de sua geração.

Teuda Bara – Foto: Divulgação

Como não poderia deixar de ser, a homenagem a Teuda Bara foi realizada pelo Grupo Galpão, do qual a atriz é uma das fundadoras. Celebrando 40 anos, o Grupo fez um pot-pourri de números que marcaram a trajetória da companhia, que se confunde com a própria história de Teuda Bara. Juntos, saíram de Minas Gerais e encenaram alguns dos maiores dramaturgos do mundo, firmando-se como uma das mais importantes companhias teatrais brasileiras.

Veja lista dos vencedores:

Dramaturgia

Marcio Abreu e Nadja Naira por “Sem Palavras”

Direção

Renata Tavares por “Nem Todo Filho Vinga”

Ator

Cridemar Aquino por “Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia”

Atriz

Vera Holtz por “Ficções”

Cenário

André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”

Figurino

Wanderley Gomes por “Vozes Negras: A Força do Canto Feminino”

Iluminação

Alexandre O. Gomes por “A Jornada de um Herói”

Música

Itamar Assiere pela direção musical de “Morte e Vida Severina”

Energia quer vem da gente

“Cia de Mystérios e Novidades”, por fomentar há 40 anos um teatro marcado pela diversidade e multiplicidade e, mais recentemente, por ter criado sua Escola Sem Paredes, um complexo de espetáculos, performances, cortejos, intervenções urbanas, exposições, aulas, seminários, oficinas e atividades socioculturais fundamentais para a ocupação do território da zona portuária do Rio de Janeiro e para o enriquecimento do calendário cultural da cidade.

Seleção do Júri São Paulo

Dramaturgia

Dione Carlos por “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

Direção

Ruy Cortez e Marina Nogaeva Tenório por “A Semente da Romã” e “As Três Irmãs”

Ator

Clayton Nascimento por “Macacos”

Atriz

Verónica Valenttino por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”

Cenário

Bira Nogueira por “Meu Reino por um Cavalo”

Figurino

João Pimenta por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”

Iluminação

Cesar Pivetti por “Brilho Eterno”

Música

Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso pela execução musical em “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

Energia que vem da gente

“Coletivo 302”, pela valorização da ancestralidade em Cubatão, na baixada santista, refletindo sobre a herança socioambiental da época em que era a cidade mais poluída do mundo, expressa de maneira contundente no espetáculo Vila Parisi.

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