Vitão está finalizando o segundo álbum de sua carreira – Foto: @stefflima
Prestes a lançar o segundo álbum de sua carreira, Vitão está cada vez mais certo de sua posição como artista – e cada vez menos preocupado com as críticas. Sua vida pessoal é alvo de comentários desde que se lançou como músico, em 2018.
Sua sexualidade fluida e até suas roupas genderless são frequentemente atacadas por parte do público, mas os elogios aos seus talentos artísticos têm se sobressaído, deixando o burburinho sobre sua vida íntima em segundo plano, provavelmente pela primeira vez em sua trajetória.
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“Tenho buscado cada vez mais acreditar em mim, na minha convicção, no meu potencial, no que eu gosto, minhas vontades e em mim como artista. Sei que o papel do artista na sociedade é quebrar algumas barreiras, mudar formas de pensar. Então é algo que tem me atingido cada vez menos”, conta em entrevista ao RG.
Um momento de virada de chave nesse sentido foi sua participação no desfile da label DEPEDRO, na edição 54 da SPFW, em novembro de 2022. Ele abriu o desfile com uma apresentação musical com direito a solo de guitarra, que viralizou nas redes sociais e deixou o público boquiaberto.
Não surpreende descobrir que o instrumento sempre foi sua maior paixão, antes mesmo da voz. Ele começou a cantar cedo, com apenas 14 anos, mas mesmo antes disso já explorava suas habilidades nos instrumentos de corda, como violão e guitarra.
Nesta quinta-feira (16.03), subiu às passarelas mais uma vez, desta vez para o Studio 78, em São Paulo. O cantor e compositor já desfilou em duas edições da SPFW, para as labels Silvério, DEPEDRO e Martins. “Para mim está sendo maravilhoso ter todas essas oportunidades de me mostrar em outras áreas da arte e do entretenimento. São sempre momentos especiais em que eu me redescubro como artista também”, diz.
Vitão no backstage do desfile da marca Studio 78, nesta quinta-feira (16) – Foto: Divulgação
O ano de 2023 está sendo agitado para Vitão, que está em vias de finalizar seu segundo álbum, projeto que deve mostrar uma nova face artística do cantor. Inspirado no hard rock dos anos 1980, o disco foi quase completamente autoproduzido e teve a maior parte gravada organicamente, ou seja, com os músicos tocando os instrumentos ao vivo, além de ter forte viés autobiográfico nas composições.
Essa fase mais madura, sincera e próxima do público se reflete em uma tranquilidade em relação a recepção dos novos projetos. “Sinto que meu trabalho está fazendo sentido, tendo coesão, e as pessoas estão observando isso e sentindo também”, avalia.
Enquanto o álbum não sai, ele já deu um gostinho do que está por vir com o single “Zero Coragem”, parceria com a banda Tuyo, grupo paranaense que tem se destacado no cenário nacional com seu folk-pop e afrofuturismo.