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Vanessa da Mata revela “Vem Doce”, 7º álbum de inéditas

Vanessa da Mata – Foto: Priscila Prade

“Vem Doce” chega às plataformas de música nesta quarta (08.03), Dia Internacional da Mulher. O sétimo álbum de Vanessa da Mata é o encontro de grandes gêneros da música brasileira com elementos e ritmos modernos, somados à grande voz da artista. Forró, MPB, R&B, pop e trap são exemplos de sonoridades que a cantora explora em “Vem Doce”, mas sempre com a personalidade que composições de Vanessa carregam consigo.

O resultado é um passeio musical guiado pelos vocais da artista, que levam o ouvinte confortavelmente por experiências diversificadas. As faixas “Vem Doce” e “Face e Avesso” ainda foram gravadas com afinação áurea, que usa a nota Lá em 432Hz como referência, ao invés da usual 440Hz. A frequência é conhecida por estar ligada a efeitos de paz, que desaceleram batimentos cardíacos e promovem harmonia.

“Em ‘Vem Doce’, eu queria o ponto de conversa e convergência entre duas naturezas. A mais pura, vista no extremo tropicalismo da manga, e a ampliada no sofisticado design brasileiro, representada no carrinho de Jorge Zalszupin, ambicionado no mundo todo, que está presente nas fotos do projeto”, diz a artista.

Vinte anos após lançar o seu primeiro álbum, Vanessa ressurge mais segura, mais experiente, mais madura, mas com a mesma luz, a mesma leveza, o mesmo encantamento pelos pequenos milagres do cotidiano, e também pelas paixões, amores e pecados das pessoas comuns.

“Vem Doce” reúne 13 canções. Há desde retratos de figuras do dia a dia, como a “Amiga Fofoqueira”, ou a “Vizinha Enjoada” (“Dona Maria / se é de dia ou de noite / Deus perdoe Nosso Senhor / se eu chego ou nem estou / ela reclama do passo que dou”), até histórias de vidas exemplares (ou nem tanto), como a dos dois irmãos gêmeos, criados por um pai sem amor. Há canções com vocação de intervenção social, como a excelente “Face e Avesso”, com uma letra aguçada, cortante e inteligentíssima, e há instantes de puro deslumbramento e poesia, como na belíssima “Menina”.

Para quem leu o romance de Vanessa, “A Filha das Flores” (e todos aqueles que apreciam a sua música deveriam ler), não surpreende encontrar nestas canções tipos humanos que são já figuras literárias. É Vanessa, a filha das flores, com o humor, a ironia debochada, a poesia e aquela alegria ancestral, tão profundamente brasileira, que tudo resgata e tudo salva.

São, afinal, as canções que o Brasil necessita neste momento: pequenos clarões sonoros, iluminando tempos ainda inseguros, mas de esperança e renascimento.

“Vem Doce” é um banquete de sabores, tempos, sons e histórias. A experiente voz da artista flui com naturalidade por todos os gêneros explorados e funciona como elemento amalgamador da obra. Papatinho (“Vem Doce”), Jaques Morelenbaum (“Foice”), L7nnon (“Fica Aqui”) e João Gomes (“Comentário a Respeito de John”) são algumas das participações especiais. O álbum também ganhará uma versão em Dolby Atmos para streaming na Apple Music e será lançado em vinil, ambas estarão disponíveis em breve.

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