Cultura

Dia Internacional da Mulher: Flávia Vieira e Renata Vilela

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Flávia Vieira e Renata Vilela – Fotos: Divulgação

Flávia Vieira, 40 anos, é uma é roteirista negra. Renata Vilela, 42, uma atriz negra. O que têm em comum? Ambas têm uma trajetória de sucesso e de avanços em suas carreiras. No Dia Internacional da Mulher, escolhemos duas mulheres fortes e donas de seus ideias para contar as histórias delas.

Roteirista da nova série “Linhas Negras”, Flávia Vieira nasceu em Niterói (RJ). É formada em letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em jornalismo pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), é especialista em literatura infantojuvenil. Ela também lecionou na rede pública de ensino do Rio de Janeiro entre 2006 e 2009.

Renata Vilela é atriz, cantora e bailarina de Barretos, mas mora há mais de 30 anos em São Paulo. Sua carreira teve início em 2004, quando participou das audições do musical “Chicago” e interpretou a personagem Mona. Ela também já participou de produções musicais como “Os Produtores”, “Sweet Charity”, “Cats”, “Pernas pro Ar”, o sucesso nacional “O Rei Leão”, no papel de Sarabi, “Cartola: O Mundo é um Moinho”, e “Nine”, no papel de N.Sra do Spa.

Ambas mudaram suas rotinas de trabalho para poder se dedicar ao que queriam fazer: roteiro e interpretação. Atualmente, elas estão em projetos importantes e de relevância:  Flávia Vieira é roteirista da nova série “Linhas Negras”, que conta a história de 13 escritores negros, protagonistas da literatura nacional. E Renata está em duas produções, na série “O Coro – Sucesso, Aqui Vou Eu”, da Disney+, dirigida por Miguel Falabella, e no musical infantil “Kafka e a Boneca”, que segue a história real de Kafka e uma menina que ele resolveu ajudar quando ela perdeu sua boneca.

Leia a segui o papo que RG teve com Flávia e Renata.

A Carioca Flávia acaba de se mudar para o bairro da Glória, no Rio, depois de ter passado uma longa temporada em Maricá, com sua família, desde o inicio da pandemia. É solteira e não tem filhos.

Renata é casada com o ator César Mello, eles se conheceram durante as apresentações de “O Rei Leão”, e também não tem filhos.

Flávia Vieira – Foto: Divulgação

Como foi a transição de jornalista para roteirista? Como se preparou para este momento?

Flávia Vieira Foi muito pensada [a transição] e eu me preparei durante alguns anos para isso, afinal eu já trabalhava no mais importante canal de notícias do País, a Globonews. Em 2014, a rotina de trabalhar em jornalismo diário estava me desgastando muito física e emocionalmente. Como eu sempre gostei de cinema, em 2015 me matriculei em um curso na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Depois disso fui emendando um curso no outro até que em 2018 surgiram as primeiras oportunidades profissionais. No final de 2019 eu deixo a Globonews, onde entrei como estagiária em 2009, e começo a me dedicar exclusivamente ao roteiro.

Como nasce a atriz Renata Vilela? Sempre foi um desejo?

Renata Vilela – Como sempre fiz balé clássico, em 2004 eu entrei para o mercado dos musicais. Acredito que o desejo de ser atriz veio de encontro com os estímulos que a minha mãe nos proporcionava. A arte estava sempre muito presente em casa. Minha mãe sempre nos levou para lugares onde ela enxergava possibilidade de mudanças, como por exemplo a música e o cinema, até porque viemos de uma realidade muito difícil. O sonho sempre esteve muito presente na nossa casa, minha mãe sempre alimentou esse espaço. Nunca foi distante, então acredito que fazendo balé, consigo expressar de verdade minha atuação e me ajuda a compor personagens. Isso é algo muito determinante para o meu lado atriz de hoje. Acredito muito nisso e levo para a minha vida.

Quais trabalhos de sua carreira você destacaria?

Renata Vilela – Sempre penso que todos os projetos da vida são importantes para o nosso crescimento, mas tem alguns que realmente se destacam e ganham uma importância porque são marcos. Vou dizer aqui que “O Rei Leão” foi um marco na minha vida. Foi uma transição muito forte, mexeu com a minha vida pessoal, com a minha vida artística e com a ancestralidade durante um bom período de dois anos. É um espetáculo lindo e mágico. Dentro dessa profissão acabamos encontrando pessoas que te enriquecem e te valorizam, e uma delas é Miguel Falabella. Eu o conheci em 2007 e foi um presente. Miguel é um presente na minha vida.

De que maneira você vê a presença preta no audiovisual atualmente?

Flávia Vieira – Eu me sinto muito orgulhosa de fazer parte dessa geração de cineastas negros que não estão deixando a peteca levantada por aqueles que vieram antes de nós cair. Os desafios são enormes, fazer audiovisual custa caro e historicamente no Brasil o dinheiro não se concentra nas mãos de pessoas negras, então a gente tem que disputar esses recursos para contar as nossas histórias. Eu fico feliz de ver que quando a gente ganha a disputa os resultados são maravilhosos. No ano passado, por exemplo, a gente teve Marte Um do Gabriel Martins nos cinemas e o documentário dos Racionais dirigido pela Juliana Vicente na Netflix.

Renata Vilela – A representatividade negra melhorou muito, mas é um lugar que ainda precisa melhorar. Precisamos estar muito atentos. Por isso existem os movimentos e as repercussões das mídias. Precisamos entender que esse lugar ainda é frágil porque estamos dentro de um racismo estrutural. Quem tem o poder precisa estar atento ao que falta no mercado. Por exemplo, “Quantos funcionários negros estão dentro do seu projeto de arte, audiovisual, teatro?”. Precisamos estar atentos aos negros e aos LGBTQIA+. As pessoas que podem estão realmente fazendo a diferença no mundo. Sinto que ainda é um processo em construção e assusta muita gente. Não é natural você ganhar um papel de destaque e aquilo ser encarado de forma normal. Quando eu falo “precisamos”, me refiro a quem detém o poder. Eles precisam estar atentos a essa causa de verdade.

Como essa representatividade pode ser ampliada nesse setor?

Flávia Vieira – Com política pública. A responsabilidade de corrigir as desigualdades no País é principalmente do Estado.

Renata Vilela – A representatividade pode ser intensificada em todos os espaços, porque se existe um negro na televisão atuando, precisamos dessas pessoas na produção, na maquiagem, no roteiro, na direção, na assistência. Acho que é uma cadeia que se fortalece. Precisa ser intensificada em todas as áreas da vida.

Sentiu racismo alguma vez em sua carreira?

Flávia Vieira – O Brasil tem a escravidão como um pilar de sua fundação e ainda não se envergonha disso. Logo, é muito natural que nós pessoas negras tenhamos que conviver com o racismo das empresas e das instituições.

Conte sobre seu trabalho como roteirista da série “Linhas Negras”?

Flávia Vieira – Foi um presente. Recebi esse convite da Susanna Lira um pouco antes da pandemia, daí quando tudo fechou e a gente não podia sair de casa o meu trabalho era mergulhar na pesquisa da vida e da obra de escritores negros brasileiros. A literatura foi um escape maravilhoso naquele período cheio de incertezas.

Como escolheu os personagens da série?

Flávia Vieira – Foi um trabalho de muitas mãos, eu e a diretora da série, Muriel Alves, trocávamos muito, nós levantávamos perfis dos autores e levávamos para a equipe, os debates eram animados. Foi muito difícil chegar a 13 nomes, porque a amostra precisava contemplar todas as regiões do País, diversidade de gêneros e estilos literários, equilíbrio entre autores homens e mulheres. Temos personagens para muitas temporadas, autores maravilhosos ficaram de fora.

Como é sua dinâmica de trabalho?

Flávia Vieira – Depende do trabalho, da etapa e da característica de cada projeto. Tem época que a gente passa muito tempo em reuniões e escreve muito pouco, em outros momentos é preciso muita disciplina com a escrita para cumprir os prazos.

Você já dirigiu no cinema, pensa em expandir sua carreira para a direção?

Flávia Vieira – Dirigi dois curtas, os docs Ceba, Identidade afro-brasileira” e “Antes de Nós”. Eu quero dirigir projetos maiores e tenho certeza que vai chegar a hora. Agora estou muito focada na minha carreira de roteirista.

Renata Vilela – Foto: Divulgação

Quais trabalhos de sua carreira você destacaria?

Renata Vilela – Sempre penso que todos os projetos da vida são importantes para o nosso crescimento, mas tem alguns que realmente se destacam e ganham uma importância porque são marcos. Vou dizer aqui que “O Rei Leão” foi um marco na minha vida. Foi uma transição muito forte, mexeu com a minha vida pessoal, com a minha vida artística e com a ancestralidade durante um bom período de dois anos. É um espetáculo lindo e mágico. Dentro dessa profissão acabamos encontrando pessoas que te enriquecem e te valorizam, e uma delas é Miguel Falabella. Eu o conheci em 2007 e foi um presente. Miguel é um presente na minha vida.

Fazer “Ombela: A Origem das Chuvas” também foi algo de muita relevância na minha vida. Foi muito transformador, mexeu também com a ancestralidade, com desafios profissionais e nesse projeto conheci o diretor Arlindo Lopes, por quem eu tenho um amor muito profundo.

No mercado de audiovisual, fiz algumas participações que também me deram muita formação e agora a temporada de “O Coro”, de Falabella, que é um marco na minha vida. Alguns projetos me deixam realmente preenchida. Fico muito feliz em saber que existe um lugar dentro de mim que guarda todos esses projetos com muito carinho.

Como surgiu a oportunidade de gravar “O Coro – Sucesso, Aqui Vou Eu”, de Miguel Falabella?

Renata Vilela – Eu estava fazendo um projeto com Miguel de uma animação, colocando voz na Família Farmaco e em um belo dia ele me ligou falando sobre esse novo projeto. Miguel me pegou logo de cara quando ele disse que teria uma representatividade muito grande na série. Fiquei muito feliz com os nomes que ele tinha mencionado, Karin Hils, Lilian Valeska, Leticia Soares e outros que não conhecia e agora conheço. Pensei: “Nossa, que incrível. Quantos negros no projeto.” E ele me disse algo muito interessante sobre o núcleo da minha família e vi quanto amor e gentileza existia dentro desse trabalho. Miguel disse que queria que as pessoas sonhassem e resgatassem a MPB para os jovens e isso me tocou.

Conte sobre sua personagem.

Renata Vilela – Minha personagem se chama Dione e ela é mãe da Sandra, uma das protagonistas. Ela é uma mãe muito atenta, muito sensível, embora tenha um ar controlador, mas é um núcleo da família muito amoroso que passa por muitas dificuldades, mas que tem ali uma base muito acolhedora e afetiva. A filha é muito empoderada, muito esperta e a mãe atenta aos movimentos da filha, até para poder incentivá-la a alcançar seus sonhos. É um núcleo que teve uma química instantânea. Foi lindo demais, é incrível gravar com essa família.

Como é trabalhar com Miguel Falabella?

Renata Vilela – Trabalhar com Miguel Falabella é uma delícia. Ele é um homem com tanta bagagem, com tanta história, tão inteligente e muito atento ao mundo em que vive, fora que é uma pessoa divertidíssima. Miguel é escola, amor e alegria. Como eu sempre estou trabalhando em várias produções, a gente vai conhecendo pessoas que te marcam de uma forma diferente. Miguel é uma delas. Sou muito grata por esse encontro, que costumo falar para ele que é um encontro de outras vidas.

Quais são os próximos projetos?

Flávia Vieira – Estou trabalhando em um doc musical e em duas biografias de atletas, uma de ficção e outra, documentário, odeio não poder contar mais ainda.

Renata VilelaEstou em cartaz agora no Teatro Sesc com o musical “Kafka e a Boneca”, na Avenida Paulista. É gratuito. É uma história emocionante e espero que as pessoas gostem e venham nos prestigiar porque está muito lindo. É muito interessante interpretar a minha personagem, uma mãe judia. Estou muito feliz mesmo.

Renata Vilela – Fale sobre “Kafka e a Boneca”, como é sua personagem?

Minha personagem é Bertha, mãe judia da Lia, protagonista da peça. Quando fui convidada pelo diretor Marllos Silva, fiquei muito pensativa por ser uma mãe de família judaica e nunca ter passado pela minha ideia interpretar uma judia. Achei uma irreverência tão grande e ao mesmo tempo me fez buscar dentro da história referências para poder embarcar nesse musical. Estudei e vi que existem judeus etíopes que eu não sabia que faziam parte da nossa história. Fui buscar fontes como Rei Salomão, os exilados que foram de Israel para a Etiópia. Ainda estou no processo de busca porque ele é infinito. No mundo em que vivemos, fazer adaptações e desconstruir realidades que foram impostas na história está sendo uma sacada genial do diretor. É bom ver que podemos ser reis, judeus, rainhas em lugares inusitados. Foi algo incrível. Eu também manipulo uma boneca que se chama Marielle, em homenagem a Marielle Franco, e esse é um ponto alto do espetáculo, além de também fazer uma mãe judia empoderada, ter uma voz ativa dentro dessa história faz com que esse projeto entre em destaque na minha vida pessoal.

Flávia Vieira – Foto: Divulgação

Tem planos de escrever para teatro e TV aberta? Se sim, que tipo de trabalho gostaria de abraçar? Novela? Série?

Flávia Vieira – Escrever novela é um sonho. A minha primeira referência audiovisual é a TV aberta, foi vendo novela que descobri que gostava de contar histórias. O teatro parece distante de mim, mas surgindo uma oportunidade, por que não?

E streaming? Seria a sua próxima investida?

Flávia Vieira Estou numa sala de desenvolvimento de roteiros de uma série que será lançada em 2024 na Amazon Prime Video. O streaming tem regras próprias, é muito desafiador.

Gostaria de fazer mais trabalhos na TV aberta? Como foi sua experiência em “Negócio da China”, em 2008?

Renata Vilela – Gostaria muito de fazer mais trabalhos na TV aberta. Ainda mais com essa mudança toda que está acontecendo com mais negros no audiovisual, interpretando papéis que saem dos clichês. Isso é muito bom. Espero ter oportunidade, com certeza. Estou preparada.

Fazer Negócio da China foi incrível. 2008 foi um presente. Jamais imaginava que eu faria uma novela. Era algo muito distante até o momento em que o Miguel me convidou. Fiquei com a cara no chão. E de repente eu estava em uma novela. Isso para mim foi um presente da vida. Encarar isso e poder ver meu desenvolvimento a cada dia. É muito rápida a forma como se desenvolve o seu personagem. “Para onde eu posso levar esse personagem?” Por mais que tenha o fio condutor da história e uma direção, é você que dá um norte. Foi uma experiência incrível.

Você tem uma carreira muito dinâmica, conte sobre os podcasts nos quais atua.

Flávia Vieira – Nos podcasts é onde eu mantenho a jornalista em ação. O [podcast] “Se Não Me Falha a Memória” nasce de um desejo de revisitar a memória da perspectiva das pessoas negras, tem dado muito certo. Temos uma audiência cativa e no ano passado recebemos dois prêmios. Na esteira do “Se Não Me Falha a Memória” veio o “Parlare”, que faço com a fonoaudióloga Jaqueline Priston, uma amiga de longa data. E por conta desses trabalhos tenho sido chamada para dar consultoria para outros podcasts. No ano passado, por exemplo, assinei a checagem do podcast “O Veneno Mora ao Lado”, apresentado pela Giovanna Nader.

Acha que a exposição no streaming te levou a conquistar novas oportunidades de trabalho?

Renata Vilela – Acho que a experiência no streaming faz com que a gente ganhe um pouco mais de respeito, sim. Os produtores acabam te olhando com outros olhos, abrem-se novas possibilidades. Acredito que você se sente mais segura no mercado. Estou conseguindo ter essa segurança, mas você tem que ter essa certeza de que está no lugar certo e preparado. E eu não tenho dúvidas.

Renata Vilela – Foto: Divulgação

Você fez musicais e muito teatro, como essa sua relação com a interpretação se reflete na sua vida pessoal?

Renata Vilela – Costumo pensar que os personagens vêm também para nos ensinar. Eu sempre tiro mensagens dos meus personagens com o tempo. Sempre levo uma mensagem para a minha vida. Não gosto muito do ditado “A vida imita a arte”, mas acho que sempre gera uma reflexão e que existe sim essa conexão de sermos escolhidos pelos personagens. Mas gosto de ter vida. Gosto da minha casa, de ser a Renata, de poder ter uma vida normal. Tento deixar os personagens em um lugar que não abale minha vida pessoal, mas que acrescente coisas muito sutis que farão a diferença. Saio muito mais enriquecida desses projetos.

Acha importante ter um posicionamento político-social nas redes sociais?

Flávia Vieira – Eu acho importante se posicionar na vida de uma forma geral e as minhas redes sociais acabam refletindo isso.

Renata Vilela – Acho que as mídias sociais têm um papel determinante em algumas questões e resoluções, tanto para o bem como para outros fins. Existe uma diversidade muito grande tanto para a arte, moda, culinária, política, movimentos sociais. Um exemplo é a imagem que me vem do George Floyd [homem negro assassinar por policiais nos Estados Unidos] e toda a mobilização e comoção nas redes. Isso eu achei algo muito interessante. Uma mudança bastante importante e crucial da história, e assim seguem outros episódios. Acho importante ficarmos atentos a tudo que é interessante, pois também tem muita coisa boa e pessoas fazendo a diferença.

Como você lida com as redes, é mais de ver ou de postar?

Flávia Vieira – Eu vejo sempre e posto quando eu posso. Quando estou escrevendo, acabo me afastando naturalmente. Rede social é um lugar barulhento e atrapalha o foco, às vezes.

Como acompanha a receptividade do público com o seu trabalho?

Flávia Vieira – Eu acho que é uma coisa difícil de mensurar, recebo muitas mensagens e quando sai algo novo a repercussão nas redes sociais é o termômetro mais instantâneo. Eu gosto de gente, então sempre que as pessoas querem conversar sobre coisas em que estou trabalhando me empolgo.

Você é uma mulher muito bonita, como cuida da beleza?

Renata Vilela – Tento ao máximo trabalhar minha saúde e alimentação. Tento ter boas noites de sono, às vezes não é possível, ainda mais quando estou trabalhando em projetos, então isso é algo que me abala um pouco. Faço meu skincare de manhã e de noite. Como eu adquiri melasma durante a pandemia, tenho ficado mais atenta com a pele e com a proteção. Tudo isso tem feito eu me cuidar ainda mais.

Como cuida da voz e do corpo?

Renata Vilela – Sempre estou fazendo manutenção da voz e do corpo. Sempre que posso malho três vezes por semana. Tento estabelecer uma rotina, embora adore disciplina e tente ao máximo não perder a rotina com o corpo. Tanto a voz como o corpo é algo que o ator não pode se esquecer. Também faço manutenção de balé, não posso deixar para trás porque é uma essência muito forte na minha vida.

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