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“Mulheres Emergentes” traz a força da mulher negra de periferia por meio da arte

Foto: Divulgação

Soberana Ziza idealizou o Projeto ESTAMXS VIVXS – MULHERES EMERGENTES. Duas artistas negras, Kelly Reis e Sheyla Ayo, de diferentes linguagens, pintarão a empena de um prédio de 20 metros de altura na periferia de São Paulo, bairro de Vila Jaraguá. A ideia também é revisitar o passo e recontar algumas histórias.

“Nossa proposta é promover a criação de obras de grafite e muralismo em grandes formatos que resgatem a história e cultura negra para a preservação e construção de histórias e memórias positivas da presença negra feminina na cidade”, destaca Soberana.

Segundo a idealizadora do projeto, personagens e histórias da cultura negra sofreram apagamento ao longo do tempo e o objetivo da iniciativa é resgatá-las, dando-lhes visibilidade e apresentando-as às gerações mais novas. “O CEU Vila Atlântica, na periferia da cidade, será o palco dessas pinturas e também de debates sobre a questão de gênero, racial e direito à cidade. Além da pintura, cada artista participará de um encontro presencial com alunos e professores para apresentação do seu mural, sua trajetória e conversar sobre arte, negritude, apagamento da presença negra, entre outros temas. Pretendemos transformar o CEU Vila Atlântica em um lugar de encontro, aprendizado e reflexão”, completa.

No CEU Vila Atlântica já se encontra a obra de Soberana denominada “Matriarcado”, a maior empena de sua carreira, com 32 metros de largura e 20 metros de altura. “Mostro o matriarcado da mulher negra na periferia. Muitas vezes tendo que gestar não só a sua família, mas também das suas iguais em comunidade”, conta a artista.

A Prefeitura de São Paulo, por meio do projeto MAR- Museu de Arte de Rua, da Secretaria Municipal de Cultura, é apoiadora financeira dessa edição do projeto Estamos Vivos-Mulheres Emergentes.

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