Obra de Felipe Pantone – Foto: Divulgação
A Galeria Raquel Arnaud apresenta entre os dias 09 de março e 06 de maio duas exposições simultâneas: “Arte cinética: passado e presente” e “Almandrade hoje: O enigma do traço e da forma, da letra e da palavra”.
A galeria paulistana foi pioneira ao trazer a arte cinética para o Brasil, nos anos 1980, apresentando grandes nomes do movimento, como os venezuelanos Carlos Cruz-Díez e Jesús Rafael Soto, que completariam cem anos em 2023. Desde então, a arte cinética se fez presente no acervo de Raquel Arnaud, trabalhando com esses e outros artistas cinéticos.
Obra de Carlos Cruz-Díez – Foto: Divulgação
“Arte cinética: passado e presente” reúne, no piso térreo do espaço, trabalhos de nove artistas de diferentes gerações. Ao lado dos centenários Cruz-Díez e Rafael Soto, estão novos representantes do movimento cinético, como o argentino Felipe Pantone, que faz sua estreia na galeria.
Também participam da coletiva Wolfram Ullrich (Alemanha, 1961), François Morellet (França, 1926 – 2016), Elias Crespin (Venezuela, 1965), Luis Tomasello (Argentina, 1915 – França, 2014) e também o brasileiro Sérvulo Esmeraldo (Crato, CE, 1929 – Fortaleza, CE, 2017).
Obra de Jesús Rafael Soto – Foto: Divulgação
A curadoria da exposição é de Raquel Arnaud. As obras datam do início dos anos 1970, como “E7124”, da série” Excitables”, de Esmeraldo, que é ativada com eletricidade estática, até a escultura “Subtractive Variability Dimensional”, de Pantone, de 2023. Entre os destaques está o trabalho “Mural cromoplástico Brasil”, de 2012, de Tomasello, que tem cultura brasileira como inspiração e foi feito especialmente para a galeria.
Obra de Almandrade – Foto: Divulgação
A Galeria Raquel Arnaud também celebra os 50 anos de carreira do artista baiano Almandrade (Antonio Luiz Moraes de Andrade) na exposição “Almandrade hoje: O enigma do traço e da forma, da letra e da palavra”. Artista visual, poeta, arquiteto e mestre em desenho urbano, nasceu em 1953, na cidade de São Felipe, e vive e trabalha em Salvador.
Expoente da arte conceitual e da tendência construtiva fora do eixo Rio-São Paulo, sua obra sempre percorreu os limites entre as artes visuais e a poesia, se diferenciando da arte produzida na Bahia. Transitando de modo fluido entre a bi e a tridimensionalidade, entre a imagem e a palavra, é um escultor que trabalha com a cor e o espaço e um pintor que medita sobre a forma, o traço e a cor no plano da tela.
Sua primeira mostra na galeria traz obras de diferentes épocas e suportes, em pequeno e médio formatos. Na seleção apresentada no 1º piso estão desde poemas visuais da década de 1970 até esculturas e pinturas mais recentes, seguindo uma linha estética e uma linguagem em que as diferenças não são contraditórias, são a representação da individualidade de cada trabalho, de acordo com o artista.
Galeria Raquel Arnaud – Rua Fidalga, 125, Vila Madalena, São Paulo.