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Multi-instrumentista Lan Lanh estreia show no Rio de Janeiro

Lan Lanh – Foto: Cláudia Ferreira

Depois de dois anos de pandemia e de se tornar mãe de gêmeas, ao lado de sua mulher, a atriz Nanda Costa, Lan Lanh volta aos palcos com um show solo e inteiramente instrumental. Acompanhada por um quinteto formado por Guto Menezes (violão), João Felippe (cavaquinho/guitarra baiana), João Gabriel (flauta/ saxofone), Maurício Braga (bateria) e Fernando Nunes (baixo), a multi-instrumentista apresenta um repertório com arranjos de percussão, cordas e metais. Entre março e agosto o público poderá assistir ao vivo ao novo trabalho que, selecionado por meio do Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, contará com circulação por algumas unidades do Sesc no Rio de Janeiro.

“A estreia desse show foi em grande estilo, uma plateia imensa e empolgada com as atrações do Samsung Best of Blues & Rock, em São Paulo. O maior palco e o maior público em que eu já me apresentei com esse show. O couro comeu! Chegamos bem animados para o Sesc e acho que pegaremos uma plateia embalada pelo Carnaval, empolga-se Lan Lanh, referência da percussão brasileira que abre o novo show pedindo licença com “Canto de Xangô” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), e segue a reza com “Coisa Nº 4”, do maestro Moacir Santos, dando o tom afrojazz à essa apresentação.

Lan Lanh – Foto: Cláudia Ferreira

O show traz o DNA de uma artista que navega por diversos mares, seja um baião, os sambas de roda, um arranjo flamenco – como para o chorinho “Santa Morena”, de Jacob do Bandolim – ou nas batidas do frevo “Taiane”, de Osmar Macedo, o criador do Trio Elétrico. Lan Lanh marca presença também nas canções autorais que, agora, surgem com arranjo apenas instrumental: “Semba do Moinho” (Lan Lanh/Toni Costa), que liga África e Bahia com um balanço faceiro; “Aponte” (Lan Lanh/Nanda Costa/Sambê), canção gravada por Maria Bethânia e indicada ao Grammy Latino 2018;  e “Terra Batida” (Lan Lanh/ Deeplick/ Lucas Brito), uma homenagem aos povos originários.

“Já venho há um tempo tocando esse som mais instrumental, um trio acústico com João Felippe e Guto Menezes. Fizemos muitos shows pelo Brasil e algumas apresentações nos Estados Unidos e gravamos um EP para registrar esse repertório do show, que batizei de “Batuque”. O repertório é um passeio pelos mestres do afro-samba, afro-jazz, e as batidas da minha terra natal, a Bahia, e a riqueza rítmica da nossa cultura nordestina. A história desse show é a minha batida nacional, que foi criando casca, ganhando novos arranjos e os palcos maiores também me fizeram aumentar o volume desse trio eletroacústico, com a entrada dos sopros e metais, baixo, bateria. E eu estou como? Muito feliz de voltar aos palcos do Rio. Vamos pulsar juntos?”, convida Lan Lanh.

Referência feminina na música brasileira, Lan Lanh faz um balanço sobre a presença feminina na música. “Comecei ainda menina a tocar profissionalmente, e era sempre a única mulher instrumentista, fosse no palco ou nos estúdios de gravação. Fico feliz que de lá para cá já tenha aumentado bastante a presença feminina na música instrumental profissional, mas espero que num futuro bem próximo, isso seja uma coisa normal e menos desigual. Em presença e em direitos. Até que a gente não se surpreenda mais ao ver as mulheres performarem na música, porque tem muitas mulheres voando em todas as atividades profissionais da indústria musical”, finaliza.

Dia 03 de março – Sesc Ramos / Espaço Multiuso – Rua Teixeira Franco, 38, Ramos, Rio. Às 19.h

Dia 07 de março – Sesc Tijuca – Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, Rio. Às 19h.

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