Cultura

Exposição “M’Kumba” reflete momento de fé afro-brasileira

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Foto: Gui Christ/Divulgação

Fotógrafo iniciado no candomblé e na umbanda, Gui Christ uniu suas experiências na exposição “M’Kumba”, que registra a partir da sua própria vivência como afro-religiosos exercem sua fé. O trabalho, com 15 fotos e curadoria de Marco Antonio Teobaldo, já rodou o mundo, passando pela Alemanha, Suíça, Argentina, Inglaterra e Índia, onde ganhou o Indian Photo Fest, foi finalista do Lensculture Portrait Awards 2022 e selecionado para a edição com as melhores imagens do fotojornalismo mundial segundo o Pulitzer Center. Agora, “M’Kumba” está no Rio de Janeiro, no Instituto Pretos Novos.

Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação
Foto: Gui Christ/Divulgação

“Há séculos a palavra macumba vem sendo usada de forma pejorativa. Nos dias de hoje, é muito comum ouvir expressões intolerantes como: ‘chuta que é macumba!’. Para mim, como afro-religioso, é importante combater esta forma de racismo. Uma palavra que deveria ser sagrada, devido ao preconceito, foi totalmente distorcida pela sociedade. M’Kumba vem do kikongo, língua falada na região centro-africana. Kumba significa curandeiro, homem sábio, senhor da palavra e o M’ indica o coletivo nesse idioma. Os povos trazidos para o Brasil como escravos muitas vezes só tinham nos encontros desses sábios, a m’kumba , seus momentos de alento e cura. Por preconceito, e desconhecimento, o colonizador europeu passou a usar esta palavra associada a quase todo tipo de tipo de mal, o que dura até hoje. Escolhi esse título da exposição para reafirmar quem são os Kumbas hoje, como os afro-religiosos se portam e como resistem frente a essa intolerância religiosa que tem mais de 500 anos de história. É um resgate da nossa religiosidade”, define Christ.

“Essa exposição se apresenta como um instrumento eficaz de ação afirmativa no combate ao racismo religioso. Esse é o melhor termo para se usar porque seria intolerância se acontecesse em mesmo nível e grau com todas as religiões e vemos que não acontece isso. O trabalho do Gui expõe os líderes religiosos com beleza e desmistifica esse preconceito”, diz o curador Teobaldo, que percorreu centenas de fotos para escolher as 15 desse projeto.

Foto: Gui Christ/Divulgação

Expostas em ampliações de 80 cm x 60 cm e um lambe-lambe de 2 m x 1,5 m, as obras ficarão no Instituto Pretos Novos até o último sábado de março. O trabalho é tão forte, que 10 dessas ampliações já foram selecionadas pelo curador Paulo Herkenhoff para o acervo permanente do Museu Nacional de Belas Artes.

Instituto Pretos NovosR. Pedro Ernesto, 32, Gamboa, Rio de Janeiro.

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