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No cinema e prestes a estrear no teatro, Ju Didone vai também lançar collab de roupas

Foto: Faya / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Titto Vidal

Ela está em cartaz nos cinemas com a comédia romântica “O Amor Dá Voltas”, onde contracena com Cleo e Igor Angelkorte, e se divide em uma confusão após cartas de seu namorado irem por engano para sua irmã. Ju Didone é Beta no longa que vem conquistando as pessoas e arrancando risos. “As pessoas me falam que o filme é leve, gostoso de ver, que diverte.” Afora o filme, que estreou em dezembro nas telas do Brasil, ela é mãe de Liz, convive com a indecisão de ter mais filhos e conduz seu projeto Diário de Mãe!, no Youtube, em que dá dicas bem-humoradas sobre a maternidade.

Está se preparando para estrear no teatro com a peça “Manhê!”, baseado no livro “60 Dias de Neblina”, de Rafaela Carvalho, e tem projetos para as telas, mas não pode contar ainda. Interessada em moda, vai lançar uma collab de roupas com a marca YOM, da estilista Melina Rubin. “Vamos fazer uma collab juntas de peças que estão ficando lindas. Chamamos uma artista plástica portuguesa para desenvolver uma estampa, e eu estou louca para dividir com vocês a coleção”, conta.

Leia a seguir papo que RG teve com a atriz.

Foto: Faya / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Titto Vidal

O que fez nesse tempo que ficou afastada da das telas?

Na pandemia eu fiquei a maior parte do tempo com minha filha, Liz, cuidando, brincando, arrumando a casa. Foi tensoooo! E à noite, ou quando eu tinha rede de apoio, estava sempre estudando e desenvolvendo meu projeto do canal Diário de Mãe! Depois ainda na pandemia fiz a segunda temporada da série “Bom Dia, Verônica!”, foi um trabalho superespecial para mim.

Como é a maternidade para você, que é mãe da Liz? Mudou tudo?

Tudo! Completamente tudo, risos! Outra perspectiva da vida, do tempo, fica tudo mais intenso e preocupante e bonito. A maternidade é um alargamento da alma, e assusta.

Pretende ter mais filhos?

Convivo com essa indecisão no momento. Depende de algumas, de várias questões. Hoje eu não teria mais o amanhã… Quem sabe dele, né?

Como surgiu a oportunidade para fazer “O Amor Dá Voltas”?

A Marcela Alteberg, produtora de elenco, me chamou para uma leitura com o Marcos Berstein, o diretor, e depois da leitura a gente conversou, ele me contou mais sobre o projeto, e me convidou. A Cleo e o Igor Angelkorte já estavam ensaiando, eu me juntei a eles e foi superorgânico, fluido… A gente tem personalidades bem diferentes. E isso foi bonito. Complementou. Eu adoro o nosso filme!

Como se preparou para o papel?

Eu sempre saio a procura dos gostos da minha personagem. O que ela gosta de comer, ouvir, ler? Qual sua cor preferida, seu objeto de cena, seu perfume? Onde estão suas fragilidades, onde está sua força? Qual seu conflito? O conflito é muito importante e a Beta esta em um conflito amoroso beeem tenso, risos!

De que forma Beta descobre as cartas de amor dirigidas por engano à irmã?

É de um jeito inusitado, como é na vida mesmo também, porque você pode não estar pensando na questão para ela te atravessar com um gatilho importante. A Beta tem esse gatilho, ela chega a essa conclusão no meio da transa com o André. Do reencontro deles depois de anos. A transa não tem fim, óbvio, risos.

O fato de as cartas terem ido por engano a Dani (Cleo) gera um mal-estar familiar?

Super! Mas é comédia também, então é um mal-estar divertido, tenso, mas atrapalhado também. O Igor faz o André maravilhosamente bem, tem momentos hilários!

Como tem sido a receptividade do público com o longa?

As pessoas me falam que o filme é leve, gostoso de ver, que diverte! Eu compartilho dessa opinião, risos. Vai lá ver.

Qual a mensagem que o filme quer passar?

Que a vida é transitória, que os afetos são muito importantes, o respeito, a honestidade e que os desdobramentos do amor sempre são surpreendentes.

Quais são os próximos projetos?

Estou muito feliz de ter conseguido patrocínio para estrear a peça “Manhê!”, que é um texto baseado no livro “60 Dias de Neblina”, da autora Rafaela Carvalho. Vem agora em 2023 e o espetáculo vai mexer nas estruturas sobre o que de fato é a maternidade para as mulheres.

Tem algum convite para a TV aberta ou streaming?

Tudo ainda secreto, caminhando… Mas eu volto aqui para contar os detalhes!

Como cuida da beleza?

Tentando manter meu equilíbrio entre chocolate e atividade física, vinho e muita água, pizza e salada, preguiça e energia. O prazer não pode dominar a disciplina e o desejo de bem-estar. Bem-estar mental, inclusive. Cuidar da espiritualidade e estar com a mente sadia são fatores que contribuem para sua vontade de cuidar da saúde física.

Foto: Faya / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Titto Vidal

Como você lida com as redes sociais?

Eu me educo para elas. Senão a gente divaga muito ali, e a vida acontece mesmo no off, no presente, né? Registros são legais, mas sem me dar muita importância, ou dar muita importância ao que eu vejo. Claro, tem muito conteúdo legal, psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, debatendo temas que fazem crescer.  Ok, é um recorte da vida mesmo, mas o mais importante é viver, e a troca na presença é importante, senão a sociedade fica muito digital, e fria, e perdemos a habilidade de nos relacionar mais afetivamente.

Acha importante ter um posicionamento político-social nas redes?

Temos que usar as redes para isso, cada vez mais, se posicionar se torna urgente. Sair do olhar para gente, e olhar para o outro, para a natureza, para o mundo de uma maneira não individual.

Como é seu relacionamento com a moda?

Adoro não levar a moda a sério. Me divertir com ela, afinal de contas, para mim, me vestir é um estado de espírito do próprio dia. Não consigo me definir em relação a um estilo, já que cada dia eu estou de um jeito. Claro, tenho minhas referências preferidas, mas estou sempre recondicionado meu olhar para o novo, pelo o que pode me surpreender, com minhas roupas mesmo, e sapatos e acessórios de sempre. A mesma calça pode ser usada em looks completamente diferentes. Mas nunca do consumo urgente, o fast fashion é uma irresponsabilidade altamente nociva para o planeta! Gosto da moda porque ela instiga minha criatividade nesse lugar de expressão.

Acha que moda é uma forma de expressão?

Ahhh, me antecipei, rs… Mas complementando essa forma de expressão, e como ela é importante vazar em mim, eu me juntei a uma amiga estilista, Melina Rubin, que tem a marca YOM, e vamos fazer uma collab juntas de peças que estão ficando lindas. Chamamos uma artista plástica portuguesa para desenvolver uma estampa, e eu estou louca para dividir com vocês a coleção.

Foto: Faya / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Titto Vidal

Como surgiu a ideia de criar o canal Diário de Mãe!, no YouTube, e a quem ele é dirigido?

Surgiu na pandemia, naquela loucura das mães que ficaram trancafiadas 24 horas por dia com seus filhos. Foi muito pesado, especialmente para as mulheres. Então, eu precisava falar sobre o dia a dia materno, mas com humor, sendo um respiro na vida daquela mãe. Eu quis passar a mensagem de que está tudo bem as coisas não saírem como o planejado, ser mãe é exatamente sobre isso! Sobre a maleabilidade e a amorosidade.

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