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Majur e Xamã elevam a temperatura no single “Clima”, inaugurando fase pop

* Lígia Kas e Sophia Lopes

Majur e Xamã no clipe de “Clima” – Foto: Lucas Nogueira

A combustão sentimental entre duas pessoas apaixonadas é a inspiração de Majur para a sua nova música. Intitulado “Clima”, o single é o segundo a ser revelado do próximo disco da artista baiana (previsto para este ano) e sucede a faixa “Mapa de Estrelas”, lançada no fim do ano passado. Agora, para sintonizar “Clima” com o período de verão e de altas temperaturas, Majur aponta para um pop contemporâneo, no qual convidou Xamã, um dos principais nomes do rap nacional e responsável pelo hit “Malvadão 3”, para a gravação da faixa.

“Eu sou de Salvador e Xamã é do Rio de Janeiro, ambos somos de lugares tropicais. Nesse clipe, a gente mistura as duas coisas e o ‘tropical’ é transmitido na tela. Tem o calor, porque ele está na praia, mas também tem o calor das pessoas e dessa relação simples de apenas estar.”

À Bazaar, ela já afirmou que está “vindo com um disco completamente solar”, e esse é o clima, com perdão do trocadilho, que permeia a nova faixa. Para ela, se trata de uma revolução em sua trajetória. “Eu escrevo um novo futuro e vou me jogar e cantar o que quero, que é o pop. Quero que as me conheçam na minha essência, no que eu gosto de ouvir quando eu estou na minha casa e isso vai se refletir nas letras, nas canções e na musicalidade.”

Assista ao videoclipe:

“Sabe aquele momento, quando a gente está super apaixonada, e que as duas pessoas se olham e elas sabem que o mundo pode ser ímpar? Era essa a sensação e emoção que eu pretendo passar com “Clima”, diz Majur. “Eu quero que a galera sinta e viva essa música e viva se lembrando de alguém.”

Leia entrevista que RG fez com Majur.

Foto: Lucas Nogueira

A partir de “Clima” podemos esperar uma nova fase de Majur? Se sim, como?

Vem aí a Majur pop, eu acho que era tudo que os meus fãs queriam, eles queriam muito me ver mais pop, ouvir como seria a Majur mais pop e eu estou entregando o meu trabalho. É um pop completamente contemporâneo. Eu me sinto criando meus sonhos nessas composições, me sinto muito como a Beyoncé colocada dentro de um espaço cultural de onde ela está com outros artistas. É sempre um som original, um som rebuscado da sua cultura, das suas raízes, sabe? E aqui eu coloco a minha cidade Salvador, os tambores, os sentimentos, as sensações, como escrevo, como eu toco e isso vem aí neste ano de 2023. 

Acha que sua carreira está passando por uma transformação?

Não acredito que minha carreira está passando por uma transformação, mas acredito que todo ser humano e tudo que a gente faz se evolui e esse é um processo de evolução da minha própria carreira e dos lugares que eu quero acessar com a música e com a qualidade das canções. Trabalhar com Max Viana é dar qualidade ao meu trabalho e eu estou muito feliz de estar ao lado dele construindo esse disco que pra mim é o melhor disco que eu estou fazendo e eu já disse isso antes e eu acho que talvez eu diga para sempre, mas, de fato, eu tenho um carinho muito grande por esse trabalho e ele vai entregar um nível muito maior do que eu já cantei antes.

Foto: Lucas Nogueira

Quais são suas principais influências musicais, Majur?

Nesse trabalho eu fui diretamente influenciada por Beyoncé no seu novo álbum “Renaisssance”, de fato eu passei por um renascimento em “Ujunifé” (meu primeiro álbum), eu falo sobre isso no disco inteiro e agora com esse novo trabalho eu mostro para as pessoas o que que foi que renasceu, quem sou eu agora, o que eu estou fazendo, o que eu estou falando, o que estou sentindo, eu acho que a galera vai sentir bastante o que está acontecendo comigo, sabe? 

E, musicalmente, eu não fiz nenhuma referência a alguma artista porque de fato as minhas canções eu tenho buscado cada vez mais a minha forma de cantar, a minha forma de trazer o som, sabe? Isso que eu estou publicando não é a MPB só, não é o soul, não são os toques etc. Isso tudo é um projeto e é Majur. 

 

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