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Marcelo Serrado encara cinco personagens em monólogo

Foto: Guto Costa / Styling: Samantha Szczerb

Ele dispensa apresentações: é ator, autor, produtor e diretor. Rosto conhecido da TV brasileira, Marcelo Serrado, que está na trama das 19h da TV Globo, “Cara e Coragem”, em que interpreta o dublê Moa, está prestes a estrear um monólogo no teatro. Em “Um Pai do Outro Mundo”, ele interpreta além de um pai de família, todos os outros personagens, dois bebês gêmeos, uma pré-adolescente e a mãe. A comédia trata de um compositor de jingles que vive uma crise no casamento e tenta educar os filhos atravessando essa fase. “Eu acho que vai pegar as pessoas. Elas vão se divertir, vão se identificar muito com as histórias”, diz.

A estreia da peça acontece no dia 13 deste mês no Rio de Janeiro, no Teatro das Artes, e Serrado pretende viajar o Brasil com o projeto, escrito a quatro mãos com Claudia Mauro.

Além da novela e da peça, o ator poderá ser visto na nova temporada de “Verônica”, e vem cinema por aí. “Depois vou fazer um filme do Andrucha Waddington pelo qual estou muito entusiasmado também, é a história de um autista, vai ser um projeto porreta”, conta.

Na TV, ele já tem um plano com a Globo, que é um piloto de um programa que criou com Fernando Ceylão. “Vamos gravar esse piloto agora em abril com Raoni Carneiro e Celso Benini. Vamos ver como vai ser, estou na torcida.”

Leia a seguir papo que RG teve com o artista.

Foto: Guto Costa / Styling: Samantha Szczerb

Como surgiu a ideia de fazer a peça?

A ideia surgiu basicamente dessa minha necessidade de falar de pais, essa relação em que a gente sempre vê histórias de mães. São poucas, pelo menos do que eu conheço, as histórias de pais. E uma comédia, né? Eu acho que vai pegar as pessoas. Elas vão se divertir, vão se identificar muito com as histórias.

Você é um dos autores do texto, como foi isso, sempre escreveu?

Sim, o texto é meu e, na verdade, já comecei escrever a história há algum tempo, a partir de histórias de amigos e histórias minhas também, mas basicamente criei a história de um personagem que é o Paulo Hernesto, um compositor de jingles que ganha pouco, um cara de classe média, e que tem filhos gêmeos e uma pré-adolescente. Ele está passando por uma crise no casamento e tem que lidar com essa crise tendo que educar os filhos um pouco sozinho. Essa é a história da peça, mas com muito humor. A trajetória dele durante os anos, essa relação com a mulher.

Sua parceria com Claudia Mauro vem de muito tempo?

A Claudia surgiu também dessa minha necessidade de ter uma mulher escrevendo comigo, ter uma escrita feminina ao meu lado. Acho que isso foi interessante. A Claudia é fundamental. Depois que eu vi a peça dela, uma autora premiada, é incrível a peça, né? “A Vida Passou Por Aqui”. Quando eu vi a peça, falei: “Quero escrever com essa mulher”. A gente era amigo de muitos anos, mas nunca tinha trabalhado junto. Está sendo muito bacana, a gente se dá muito bem escrevendo junto.

Foto: Guto Costa / Styling: Samantha Szczerb

Como se preparou para interpretar todos os personagens?

A preparação para fazer todos os personagens foi muito de corpo também. A Roberta (Fernandes) me ajudou muito, minha mulher e preparadora corporal, e o (Marcelo) Saback também, a Alice (Borges, assistente de direção), todo um trabalho conjunto para identificar cada personagem, ter os arquétipos bem definidos. E essa rapidez, essa esquizofrenia de sair de um personagem para o outro, né?

De que maneira vocês captaram as relações entre pais e filhos?

As relações entre pais e filhos estão lá, vieram de relações pessoais que eu tive com os meus filhos, e também de relações que eu vi.

Sua experiência como pai é usada na peça?

Minha experiência como pai ajudou muito na peça, claro. Emoções que eu tive, todos os prazeres que eu tive. E essa dificuldade, né?

Como é fazer uma adolescente? Em que se inspirou?

Fazer uma adolescente foi hilário, fazer uma adolescente “prafrentetex” assim… Eu me inspirei em todas adolescentes que já vi na minha vida.

Foto: Guto Costa / Styling: Samantha Szczerb

Pretende viajar com o espetáculo?

Sim, pretendo viajar muito com o espetáculo, fazer o Brasil todo, Portugal, e é isso, vamos nessa. Vai ser uma peça que vai agradar a todo mundo por ai.

Quais são os próximos projetos?

Estou fazendo agora “Verônica”, série do Afroreggae para o Globoplay. E depois vou fazer um filme do Andrucha Waddington pelo qual estou muito entusiasmado também, é a história de um autista, vai ser um projeto porreta.

Vem streaming ou TV aberta por aí?

Vem streaming aí [“Verônica”]. TV aberta sim, tenho um projeto com a própria Globo, que é o piloto de um programa que criei com Fernando Ceylão. Vamos gravar esse piloto agora em abril com Raoni Carneiro e Celso Benini, que trabalha com ele. Vamos ver como vai ser, estou na torcida.

Foto: Guto Costa / Styling: Samantha Szczerb

Tem vontade de dirigir?

Sim. Porém não é um desejo muito forte, já dirigi teatro! Quem sabem um filme um dia?

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