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RJ: Peça “Gaivotas” retorna em temporada na Casa de Cultura Laura Alvim 

Foto: Nando Chagas

Projeto idealizado pela atriz e produtora Bibiana Rozenbaum e pelo diretor Fernando Philbert, e realizado pelas produtoras Moinho, Luna e Somos Produções,  “Gaivotas” homenageia os 125 anos da primeira encenação de “A gaivota”, obra-prima do dramaturgo russo Anton Tchékhov. Depois de uma temporada em versão online exibida no canal de  youtube do Sesc Rio, em outubro de 2021, e uma temporada lotada no Teatro Poeira (Poeirinha), a peça retorna em 2023 para sua terceira temporada (segunda presencial), com sessões às 20h, quartas e quintas, a partir de 11 de janeiro, na Casa de Cultura Laura Alvim.  No elenco, estão a própria Bibiana, Sávio Moll e Antonio Gonzalez.

Foto: Nando Chagas

A montagem de “Gaivotas”, um drama poético sobre relacionamentos, inspira-se no texto “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas”, do romeno naturalizado francês Matéi Visniec, um dos dramaturgos contemporâneos mais encenados no mundo e que propôs o reencontro do trio protagonista 15 anos depois. Para isso, mudou o desfecho da peça de Tchékhov, tornando fracassada a tentativa de suicídio do personagem Konstantin. Já “Gaivotas” adapta a obra de Visniec ao trazer falas do original de Tchékhov, um pequeno texto de Domingos Oliveira e um trecho de uma entrevista do autor romeno sobre a democracia.

No texto de Visniec – “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas” -, o personagem Konstantin, que havia se suicidado na obra de Tchékhov, reaparece. Ele, Nina e Boris reencontram-se 15 anos depois do desfecho da peça “A gaivota”. Mais maduros e amargurados pelo tempo, precisam lidar com as pontas soltas deixadas pelas decisões que tomaram ao longo de suas vidas. “Gaivotas”, traz uma mensagem de esperança e superação. As personagens são como gaivotas, mortas e empalhadas nas lembranças do passado, mas nada impede que, no universo de Visniec, elas possam ter uma nova chance.

“Desde a primeira leitura, eu me senti inspirada por Nina, uma mulher que não tem medo de enfrentar preconceitos para alcançar seus sonhos. Ela não tem medo de errar. Apaixonei-me pelo texto porque ele é atemporal. Essa é a quarta peça do autor Matéi Visniec levada aos palcos pelo experiente diretor Fernando Philbert, que idealizou o projeto junto comigo. A arte é uma ferramenta terapêutica que ajuda no enfrentamento das angústias e dilemas cotidianos. Por isso ela é tão necessária”, destaca Bibiana.

 Já o ator Moll, que além de ator, divide a direção de produção, destaca: “Recebo o espetáculo ‘Gaivotas’ como um presente-desafio para todo amante do teatro. Como ator, tenho a possibilidade de interpretar um personagem histórico com a sagacidade do Matéi Visniec, somado à perspicácia da direção Philbert. E o resultado para o público é assistir a um espetáculo-poesia.”

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