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“Minha Vida em Marte”, de Mônica Martelli, retoma turnê no Rio

Mônica Martinelli em cena de “Minha Vida em Marte”- Foto: Camila Cara

A comédia “Minha Vida em Marte”, de Mônica Martelli, volta à cidade de Rio de Janeiro, desta vez no Teatro Casa Grande, a partir de 12 de janeiro de 2023. É o retorno, após dois anos de pandemia e uma turnê que passou pelo Sul do Brasil e pela cidade de São Paulo, de um dos maiores sucessos do teatro nacional. É também a primeira vez que a comédia retorna ao Rio, capital que recebeu o espetáculo pela primeira vez há mais de cinco anos, precisamente em maio de 2017.

“Minha Vida em Marte” traz a personagem Fernanda casada há oito anos e em crise no casamento. Vamos ver a protagonista tentando encontrar saídas para as intolerâncias diárias que a rotina traz, a falta de libido, o acúmulo de mágoas e as expectativas frustradas.

“A personagem luta contra o medo da separação, o medo da solidão, o medo de ressignificar sua vida e, claro, o medo de se separar com 45 anos numa sociedade machista onde a mulher não tem permissão para envelhecer”, explica Mônica.

Tendo como inspiração suas próprias experiências, a artista leva ao teatro um monólogo bem-humorado que aproxima através do riso e leva homens e mulheres à reflexão. E assim a atriz se confirma como uma das autoras brasileiras que melhor traduzem o comportamento feminino moderno.

Mônica Martinelli em cena de “Minha Vida em Marte”- Foto: Camila Cara

Será que é possível voltar a se apaixonar do marido? Ou a solução é se separar? A comédia toca ainda em temas como traição, machismo, trabalho duplo da mulher e educação dos filhos. “Minha Vida em Marte” é um texto libertador que foi escrito sob a premissa de que ser feliz é fundamental.

Esse é o pano de fundo para Fernanda se questionar na terapia de grupo. São nas sessões de análise que ela narra e vivencia deliciosamente as alegrias e os muitos problemas do seu casamento. Ali ela expõe assuntos íntimos como a intolerância no casamento, a falta de tesão, as tentativas de “trabalhar a relação” e percebe que nas relações estagnadas adia-se o afeto e acumulam-se as mágoas. “É muito comum no casamento a gente deixar para amanhã a ternura, o sexo: a gente adia o afeto.”  revela Mônica sobre Fernanda.

Desde que estreou, em 2017, “Minha Vida em Marte” passou por dezenas de cidades brasileiras, sempre com sessões esgotadas, sendo vista por mais de 300 mil espectadores e recebendo cinco indicações a prêmios. Além disso, a peça inspirou o filme homônimo que levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas e que marca a sua última atuação com o amigo Paulo Gustavo (1978-2021).

Mônica Martinelli em cena de “Minha Vida em Marte”- Foto: Camila Cara

Assim como no teatro e na televisão, Mônica foi dirigida por sua irmã, Susana Garcia, celebrando mais uma vez o sucesso da parceria.

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