Monica Casagrande – Foto: Danieli Fonseca
“Redescobrir e redefinir o amor: foi o primeiro passo que eu dei nessa jornada em busca pelo conhecimento e autoconhecimento. É sobre isso que eu quero falar nesse novo trabalho. O amor pelo nosso corpo, que nos abriga e se move por aí; pelo outro, que podemos trocar e aprender tanto; pela terra, grande mãe. A conexão com o todo”. Assim Monica Casagrande define seu novo EP, “Encruza MirAMAR”, já disponível em todas as plataformas digitais.
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Com 5 faixas produzidas por Alexandre Elias, o projeto é lançado junto ao videoclipe de “Amar é a Revolução” – música que vem numa levada de samba de partido-alto alternada com um breakbeat. Gravado em Campo Redondo (Itamonte – MG), o audiovisual foi realizado por uma equipe 100% feminina.
A direção é assinada pela artista plástica Lívia Moura, que participa da Cooperativa de Lã Mulheres Rurais da Montanha, reaquecendo a economia local, com o objetivo de manter viva a tradição milenar – essa que, sempre foi envolvida de mitos e fantasias – como em as “Brumas de Avalon“, lembra Monica -, faz a ponte entre o mítico e o cotidiano, o sagrado e o profano, presentes na música.
Monica Casagrande – Foto: Danieli Fonseca
“De certa forma, quisemos representar as várias formas de amor. O próprio, quando vemos as cenas do vestido vermelho, que foram filmadas com a cachoeira Fragaria ao fundo. O romântico e fluido, nas cenas com a lã. O que temos com a natureza e suas conexões, quando vemos a entidade da floresta, com aquele headpiece que se conecta com as raízes e os galhos de árvores… ‘Amar é a Revolução’ compila todos os sentimentos que quero transmitir no disco. É a universalidade do afeto e seus muitos formatos. A força para mudar o mundo começa na gente, em escutar os chamados de nossa alma, nos conhecermos profundamente para podermos enxergar o próximo com olhos menos enviesados”, completa.
‘Encruza MirAMAR’ é inteiramente voltado às trocas e às relações, sejam naturais, espirituais ou sociais. O que a artista preza aqui é que todas estejam deslocadas da normalidade padronizadora, numa encruzilhada de sentidos contraditórios e ambíguos. “Agora ouso começar a navegar por águas desconhecidas, onde os paradigmas sociais são deixados em terra firme e o amor passa a ser a bússola que me levará de encontro às respostas que minha alma busca.”