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Museu Casa das Rosas celebra aniversário com shows, saraus, oficinas e performances

Foto: André Hoff

A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, que integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, preparou um fim de semana com programação especial para celebrar os 18 anos do museu e 131 anos da Avenida Paulista – um dos principais cartões-postais de São Paulo e lugar onde a instituição está localizada. A Paulista Poética 2022 acontece nos dias 10 e 11 de dezembro no jardim da Casa das Rosas, com atividades durante todo o dia: oficinas, saraus, apresentações literomusicais e performances formam a programação gratuita. Não há necessidade de inscrição, com exceção da oficina Gira Samba. 

A abertura do evento acontecerá no dia 10 de dezembro, às 11h, com o Encontro de Escrita Criativa do Centro de Apoio a Escritores (CAE), no qual representantes de duas turmas do Curso Livre de Preparação de Escritores (CLIPE), de 2020 e 2022, contarão para o público suas experiências de escrita e organização de antologias coletivas durante a pandemia, destacando a importância dessa formação.

Foto: Divulgação

Às 14h, acontece o Sarau “Constelação Poética: Especial Clarice Lispector”, com mediação das poetas e escritoras Maira Garcia e Maria Vilani, e participação especial de Luan Siqueira. O sarau do CAPSArtes, localizado no Grajaú, periferia do extremo sul da cidade de São Paulo, foi criado para dar visibilidade à poesia criada por mulheres da atualidade, trazendo autoras de diferentes gerações. Além das leituras dos poemas de mulheres já conhecidas do grande público, os visitantes poderão também compartilhar seus escritos.

Em seguida, às 17h, o público poderá acompanhar o show “Torquato: Pessoal Intransferível”, com grupo formado por Gustavo Galo (voz), Gustavo Cabelo (guitarra) e Tomás Bastos (guitarra), integrantes da Trupe Chá de Boldo. A apresentação, que marca os 50 anos da morte de Torquato Neto, traz um repertório de canções que valoriza sua obra singular, a força de suas letras e as parcerias com Jards Macalé e Carlos Pinto, em canções já não tão identificadas com o repertório tropicalista. 

E para finalizar as atividades de sábado, às 19h inicia-se o show “Saltando Compassos”, com Péricles Cavalcanti, no qual o cantor e compositor traz músicas do seu novo álbum de composições inéditas lançado neste ano.  Péricles também apresenta, ao lado de Pipo Pegoraro (guitarra, baixo, percussão e programações eletrônicas), Marcelo Monteiro (saxes: barítono, tenor, alto e flauta) e Claudio Faria (flugelhorne, trompete e trompete pícolo), criações conhecidas do público, como “Elegia” (uma parceria com Augusto de Campos, lançada por Caetano Veloso), “Ode Primitiva” (uma parceria com Haroldo de Campos) e “Porto Alegre” (gravada por Adriana Calcanhotto), entre outras surpresas.

Foto: André Hoff

No dia 11 de dezembro, segundo dia de evento, a programação começa às 11h com a Oficina Gira Samba. Trata-se de um jogo sobre samba, negritude e herança ancestral, uma vivência colaborativa por meio de cartas que trazem informações sobre as matriarcas do samba e problematizações sobre o racismo e o machismo. O jogo é ganho quando todas as pessoas completam sete axés do tabuleiro. Serão disponibilizadas 20 vagas para a atividade; para participar é necessário se inscrever neste link. 

Às 14h, duas atividades ocupam o jardim da Casa das Rosas. Uma delas é o Pegue Livros, uma ação do Centro de Apoio a Escritores da Casa das Rosas, em que centenas de livros de diversos gêneros e autores serão doados para leitores de todas as idades. Cada visitante poderá escolher e levar até três livros, gratuitamente. E a segunda atividade é a performance “Leitura Ininterrupta”, projeto que propõe a leitura pública e integral de livros. Nesta edição, a obra escolhida é Por que a criança cozinha na polenta, de Aglaja Veteranyi, nas vozes de Maria Isabel Iorio, Bruna Beber, Floresta e Sofia Nestrovski.

Foto: Divulgação

Finalizando a programação especial de aniversário do museu, às 17h, o Coral da Casa das Rosas apresenta Canções da Ópera do Malandro. O grupo, conhecido por seu repertório de poemas musicados, faz uma livre interpretação da peça musical escrita por Chico Buarque. 

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