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Pedroca Monteiro faz manifesto pela diversidade em novo livro infantil

Pedroca Monteiro

Ator e humorista propõe transformações sociais por meio de um humor inteligente – Foto: Jorge Bispo

O ator e humorista Pedroca Monteiro viralizou nas redes sociais durante a pandemia com uma série de vídeos intitulada “Mininovela”, que questiona de forma leve padrões sociais e o status quo. Com suas criações bem-humoradas, seu trabalho desafia as ideias de tradição e conservadorismo.

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Um novo braço desse trabalho é o recém-lançado livro infantil “Ser O Que Se É”. Uma parceria com premiado ilustrador Daniel Kondo, a obra é um verdadeiro manifesto à pluralidade e, mais do que autoaceitação, celebração da individualidade de cada um.

Para fora das páginas, o livro busca ensinar as crianças sobre um novo modo de levar a vida – um com mais empatia e humanidade. As personagens têm diferentes trajetórias e sonhos, inspirando os jovens a acreditarem no seu próprio potencial independentemente de pressões externas e normas sociais.

“Ser O Que Se É” foi lançado pela Companhia das Letrinhas – Foto: Divulgação

As vontades e talentos dos personagens vão se misturando através das páginas que são cortadas em 3 partes, refletindo sobre a importância das diferenças e da liberdade, mergulhando na diversidade e alegria de ser quem se é.

“Por que não contar desde cedo que você pode gostar de alguma coisa hoje e mudar de ideia amanhã? Ou que pode gostar de muitas coisas ao mesmo tempo. E que ser diferente é o melhor que podemos ser”, explica Monteiro, em entrevista ao RG.

Para ele, isso também é sobre celebrar a multiplicidade do ser humano e inspirar a coragem necessária para ser o que se é, “olhando pra todas as possibilidades internas que nós temos”.

“A diversidade é tudo o que nos cerca. Ela existe e ponto. As pessoas que morrem de medo dessa palavra tem medo de ter que lidar com a própria liberdade por isso não querem que ninguém seja livre”, afirma.

Trecho do livro “Ser O Que Se É” – Foto: Divulgação

O livro é interativo e pensado para ser explorado em grupo, com pais ou professores, por exemplo, abrindo espaço para um efeito dominó de transformação para uma sociedade mais saudável. “Sempre me fortaleci no coletivo”, diz o artista, que começou sua trajetória no teatro.

“O teatro me ensinou a pensar e agir em grupo, me conectar com a vida de um jeito mais profundo. Botei em prática o jeito irônico que vejo o mundo, a família, o amor e tudo o que nos cerca. Se levar muito a sério é cafona. O humor é o meu respiro. Preciso do humor pra balancear um tanto de tristeza e drama que carrego comigo.”

E é com um humor esperto e afetuoso que ele consegue alcançar cada vez mais pessoas, de todas as idades, e seguir promovendo a diversidade em todos seus projetos. “As pessoas estão  fartas de sofrer preconceitos que as fazem se sentir diminuídas perante o mundo. Temos obrigação como artistas de estar atento a esses gritos de desespero.”

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