Cultura

Grátis: exposição une afrofuturismo e games em Duque de Caxias

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Exposição “Salvíficos”, do artista Eduardo Salvino, fica em cartaz até dezembro no Sesc Duque de Caixas, no Rio de Janeiro – Foto: André Fraga

Descobrir suas próprias raízes para valorizar sua história. A partir desta máxima, o artista Eduardo Salvino criou a exposição “Salvíficos Movimento #1 – Ensaio Mnemônico”, que fica em cartaz no Sesc Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, até o dia 15 de dezembro. Gratuita e livre para todas as idades, a instalação interativa usa software de reconhecimento facial para investigar a origem genética dos afrodescendentes brasileiros.

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Em formato de arcade game – muito popular nas décadas de 1980 e 1990 na periferia carioca – a exposição evoca reflexões sobre a diáspora africana, enquanto convida usuários de fenótipos variados a repensar o seu lugar. De forma lúdica, o jogo traz trilha sonora diferenciada para cada “reino africano” e traz em sua estética padrões remetendo ao chamado afrofuturismo.

A instalação usa software de reconhecimento facial para investigar a origem genética dos afrodescendentes brasileiros, enquanto entretém pelo formato: arcade game – Foto: André Fraga

Para entender o futuro é preciso conhecer o passado. E assim, a exposição leva o usuário até o início do século 19, na chamada “Missão artística francesa no Brasil”, que registrou o cotidiano no Brasil Colônia. Esta série de imagens e pinturas revelou nomes como Johann Moritz Rugendas e Jean-Baptiste Debret, que registraram características físicas dos escravizados. Por meio do software de reconhecimento facial, essas definições fenotípicas se tornam modelos, templates, padrões indexados e hospedados na plataforma e, assim, sugerem acordos e desacordos com as características dos rostos dos usuários, além dos possíveis graus de ascendência.

A exposição “Salvíficos Movimento #1 – Ensaio Mnemônico” é uma instalação interativa baseada em arcade game, contendo alto falante, monitor de vídeo e console (joystick e botões de comando), webcam, sinalização em braille e interface interativa de net arte com programação em Raspberry Pi. Fazem parte da exposição: Roger Sodré (machine learning e I.A), Allan Moreira (fabricação digital), Victor Guerra (Raspberry Pi), Rodrigo Caê (trilha sonora), Larissa Macêdo e João Simões (interlocuções), André Fraga (fotografia) e Irving Pinelo e João Cerala (banco de dados).

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