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Ananda Paixão lança “Arretada”, som pop que une seus dois maiores talentos: música e dança

Foto: Carol Siqueira

Ananda Paixão é um jovem cantora  e compositora recifense que acaba de lançar seu primeiro single, “Arretada”, e nós gostamos. Para RG, ela contou como foi o processo de criação da música e a produção, feita com dois nomes de peso: Ruxell e Pablo Bispo.

Filha da dança – ela cresceu fazendo balé clássico e foi bailarina do Bolshoi, em Santa Catarina -, Ananda uniu a dança e a música para fazer o que mais gosta: música pop. “A minha vida começou pelo balé clássico e, a partir daí, fui me envolvendo com outras formas de arte, como o canto e a atuação”, conta. “Eu me descobri compositora de músicas aos 18 anos e a partir daí o canto deixou de ser um hobby e passei a sonhar em ser cantora”, completa.

“Arretada” é seu primeiro single. Mas Ananda promete muito mais, e já está a caminho de um álbum. “’Arretada’ é a minha porta de entrada para o mercado musical. Depois dessa música já temos mais nove engatadas”, diz.

Leia a seguir papo que a artista levou com RG.

Como você se tornou cantora, sempre foi um desejo? Porque você foi bailarina, não? Conte sobre isso?

A minha vida começou pelo balé clássico e, a partir daí, fui me envolvendo com outras formas de arte, como o canto e a atuação. Sempre cantei, desde pequena, cheguei a fazer testes para musicais quando tinha oito anos, antes de passar para o Bolshoi. Mas, a principio, o canto era um hobby e a dança era meu mundo. Eu me descobri compositora de músicas aos 18 anos e a partir daí o canto deixou de ser um hobby e passei a sonhar em ser cantora. Até que, aos 22 anos, entrei de cabeça no mundo da música e desenvolvi o meu trabalho como cantora e compositora e consegui incorporar nele todos os meus anos na dança, afinal, eu sou cantora pop!

Quando e como optou por ser cantora e abandona a dança?

Eu não diria que abandonei a dança, cresci com a dança e hoje faz parte de mim em tudo que faço. Como cantora pop, tive, inclusive, a oportunidade de unir meus dois mundos preferidos: o canto e a dança. Porque um não vive sem o outro no tipo de música que eu gosto de fazer. Eu decidi sair do balé clássico profissional com 15 anos de idade porque já não era uma realidade para o meu perfil fisico na época, mas nunca deixei de dançar… Fui explorar outros ritmos, como a dança de salão e o hip hop. E quando me descobri compositora com 18 anos, eu entendi que poderia trazer todos os meus anos de experiencia na dança para o meu trabalho na música. Hoje, é o que eu mais amo fazer… Todas as minhas músicas têm coreografia. Eu quero ver o povo dançar.

Qual a expectativa com esse primeiro lançamento, “Arretada”?

“Arretada” é a minha porta de entrada para o mercado musical. Depois dessa música já temos mais nove engatadas. As expectativas estão altas, hahaha, para ser consistente é preciso planejamento e muita dedicação. “Arretada” tem muito de mim, é como eu quero ser conhecida. Quando falam em “Patroa”, pensamos na Anitta; “Braba”, lembramos da Luísa Sonza; pois quando pensarem em “Arretada”, quero que lembrem de mim. É uma música linda que fala sobre o que é ser uma mulher potente, tem muitas referências das minhas raizes, como a sanfona, o pífano, o som pop e a dança.

Foto: Carol Siqueira

Como foi o processo de escrita da “Arretada”?

Eu componho, amo compor. Para mim é um processo delicioso porque é onde eu coloco toda a minha verdade. “Arretada” surgiu primeiro com o pífano (flauta tradicional do Nordeste), pedi para o Ruxell pôr na música e ele fez um beat. Em menos de dez minutos a base estava pronta. Depois o processo de composição da letra começa, eu sempre gosto de iniciar a música, amo fazer as aberturas. No caso de “Arretada”, fiz o inicio da música e o final. Depois de ter algo que eu considerei bom, fui para o estúdio com outra compositora incrível, Dona Nyna, que comigo compôs a parte do rap e estruturou o resto da música comigo. O Pablo Bispo sempre entra dando os toques finais, que são importantíssimos, porque ele tem uma visão de mercado incrível e uma bagagem absurda. Aí, “Arretada” ficou pronta.

Que pegada tem a sua música, de uma forma geral?

Ela é um pop bem dançante que tem vários ritmos como afrobeat, trap e elementos de ritmos brasileiros, como pífano, o triangulo e a sanfona. É para cantar e dançar muito.

De que forma elege as músicas que vai cantar?

Eu gosto de cantar tudo, do sertanejo ao jazz, passando pela MPB, hahah. Mas sempre priorizo o que tem a ver com o meu som, músicas pop, dançantes, alegres, para cima. E assim construo um bom repertório. No caso das músicas que são minhas, o processo é ir afunilando… Começamos com varias composições minhas, levo para o Ruxell e para o Bispo e pro TAP e, juntos, decidimos e escolhemos de onde partir. Quando o mood é decidido, só nos resta fazer os beats e compor.

Como foi gravar com produção de Ruxell e Pablo Bispo?

Incrível, minha história com eles começou em 2017 quando gravaram a minha primeira composição da vida, “Levanta o Copo” – que é a segunda música da sequencia que lançaremos. Então eles estavam começando a explodir com Iza e Gloria Groove. Cinco anos depois minhas músicas estão sendo produzidas por esses gênios, não podia ser diferente. Eu sou uma grande fã do trabalho deles desde a primeira vez que pisei no estúdio em 2017 e sigo sendo agora que eles estão nesse projeto lindo comigo.

O lançamento de “Arretada” precede um álbum para o ano que vem?

Nós temos mais oito músicas depois de “Arretada” que serão lançadas em singles, uma após a outra de dois em dois meses, para começarmos a ter uma boa base de ouvintes. Depois disso, com certeza o álbum virá!

Pretende fazer shows em SP?

Pretendo fazer show no Brasil todo, hahaha.

O que te inspira?

Inspiração pode vir de tantos lugares… Histórias me inspiram, filmes, outras músicas, documentários, estar perto da água para mim é inspirador… O mar, cachoeira, até o chuveiro, rsrs. Para as minhas músicas tento sempre trazer alguma história que tenha acontecido comigo ou que eu tenha inventado na minha cabeça.

Qual seu maior sonho?

Eu divido meus sonhos em etapas, difícil falar o maior deles, são tantos…Acredito que, hoje, é esgotar os ingressos de um show meu em algum festival ou palco reconhecido.

Como lida com a beleza, tem um ritual?

Eu amo me arrumar, não sou de usar maquiagem carregada mas estou sempre de olho nas tendências de beauty e de moda. Uma das minhas preferidas é a pele glow, com essa pegada de praia bem natural. Todo dia faço meu skincare e sempre me alimentei e me exercitei muito bem. Hoje prezo muito pela minha saúde – pelos altos e baixos que já tive – e acredito que consegui achar um ponto de equilíbrio onde me sinto muito bem esteticamente e faço as coisas por prazer, e não por obrigação.

Foto: Carol Siqueira

A moda se insere no seu trabalho?

Com toda certeza. Moda é arte e com isso é uma das formas de expressar a sua verdade, então todo clipe que eu imagino, toda música que eu escrevo tem uma estética por trás e a roupa é uma das formas de entrar naquele determinado universo, tão importante pra mim como a música. Acompanho as tendencias de moda e tenho referencias, como Bruna Marquezine, Dua Lipa, Zendaya, Rihanna, Livia Marques… Tento sempre encaixar as tendencias na minha estética, na minha verdade para aquele momento, acredito que quando consigo incorporar o que tá em alta de uma forma única, aquilo se torna uma marca sua.

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