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Luiz Moreira abre sua primeira individual no Rio

Foto: Divulgação

O artista Luiz Moreira abre sua primeira mostra individual no Rio de Janeira, “A Luz da Beleza”, na Casa França-Brasil, cujo período de exposição vai de 10 de dezembro de 2022 a 11 de fevereiro de 2023. A exposição reúne 32 imagens impressas de grandes e médias dimensões, vídeos da série visual do artista Ayê e Orum e Oxum às margens do Rio da Barra, além de adornos e objetos em colaboração com os artistas Diego Silf, Felipe Maltone e Victor Hugo Mattos.

Com foco em promover uma experiência para todos os tipos de público e uma oportunidade de um novo olhar sobre a arte, seja para os que estão ou não habituados a frequentar espaços culturais. Além de promover visitas mediadas pela equipe do programa educativo, obras táteis, objetos e uma programação na agenda do período da exposição com artistas de performance convidados, além de conversas abertas e visitas guiadas com o artista e o curador.

Foto: Divulgação

“Luiz Moreira exalta a potência estética das festas, dos ritos, da cultura dos povos originários da África. As cores vibram diante de nosso olhar e as personagens caminham entre nós como um desfile de carnaval: cor, sedução e encantamento. A beleza aqui é epiderme, carne, organismos pulsantes que vibram, dançam e parecem indicar um caminho novo para os seres humanos angustiados nas suas solidões e sofrimentos. Diante das poderosas imagens de Luiz Moreira compreendemos que, ao final, nos resta a esperança e que ela há de consagrar na pele escura desse novo Brasil que em breve haverá de surgir: preto, forte, corajoso belo e verdadeiro”, diz Marcus de Lontra Costa, curador da exposição.

Fotografias selecionadas do artista ganham versões táteis pelas mãos da artista plástica e arte educadora Marina Baffini, do projeto Inclua-me, Arte & Cultura para Todos.

Moreira nasceu em São Paulo. Apesar de manter residência no Brasil, no centro de São Paulo, atualmente passa grande parte do tempo em Miami, sua segunda casa desde a pandemia. Sua relação com a imagem é inspirada em sua própria experiência cultural como morador do bairro Jardim Ângela até os 18 anos, na periferia da capital paulista. Começou a fotografar em projetos acadêmicos no curso de comunicação social. Após isso, passou a explorar a fotografia de rua em São Paulo e NY, no cotidiano dos grandes centros.

Teve contato com os documentários do diretor Philip Mallory Jones e sua abordagem transcultural, de imagens históricas e vibrantes de fotógrafos e fotógrafas como, Gordon Parks, Joy Gregory, Maud Sulter, James Barnor e Walter FirmoVisões prontamente revistas em um contexto moderno em sua obra.

Foto: Divulgação

Trabalhando a partir de uma estratificação de emoções que definem sua estética lúdica e narrativa, seu trabalho foi nutrido e enriquecido ao longo dos anos em que ele pôde explorar conceitos de ancestralidade e lugares com sua câmera.

O trabalho estético e documental de Moreira combina sensibilidade com a cultura contemporânea, a condição humana, perspectivas diaspóricas e o culto às orixalidades das religiões de matrizes africana. O que vem dessa mistura é uma alegria pela vida e pela beleza que relaciona a sexualidade carregada de símbolos e adereços da cultura afro-brasileira.

Foto: Divulgação

Suas séries documentais como “Porta do Mar” e “Santo Negro” informaram seu trabalho para festivais e grandes feiras nacionais e internacionais como Art Basel 2019 (Miami, EUA), Festival AfroPunk, em Johanesburgo, Atlanta e Salvador-Bahia 2017 – com quem segue trabalhando – e SP-Arte 2018.

Casa França-Brasil – Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, Rio de Janeiro.

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