Museu de Arte de São Paulo – Foto: Getty Images
O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, inaugura no dia 25 de novembro as exposições “Judith Lauand: desvio concreto”, “Madalena Santos Reinbolt: uma cabeça cheia de planetas” e a “Sala de vídeo: Aline Motta”. As três mostras, que ficam em cartaz até o ano de 2023, utilizam de diferentes meios de linguagem para expressar as visões de três artistas que viveram em diferentes períodos e contextos sociais no Brasil.
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Mesmo com suas diferenças, as três exposições apresentam uma oportunidade para os visitantes observarem como vivências plurais podem afetar as visões de mundo e as obras destas artistas. Dispostas entre o 1° andar, 1° e 2° subsolos do museu, as mostras somam quase 200 obras que permeiam temas que vão desde apagamentos históricos da identidade brasileira, até representações de ambientes comunitários regionais.
Judith Lauand: desvio concreto
Judith Lauand foi a primeira artista concreta do Brasil. A mostra “Judith Lauand: desvio concreto” pretende fomentar novas pesquisas e debates em torno do seu trabalho, por meio de 124 obras e dezenas de documentos de seu arquivo pessoal, colocando em perspectiva a decisiva transição operada por ela em meados dos anos 1950, do figurativismo para a geometria abstrata. Um destaque na mostra é a obra “Acervo 29, Concreto 33 ” (1956), uma das mais emblemáticas em sua trajetória e que acaba de ser doada pela família da artista ao MASP para a exposição, sendo a primeira de sua autoria a integrar a coleção da instituição.
Madalena Santos Reinbolt: uma cabeça cheia de planetas
Com curadoria de Amanda Carneiro, curadora-assistente do MASP, e André Mesquita, curador do MASP, a exposição “Madalena Santos Reinbolt: uma cabeça cheia de planetas” reúne 44 trabalhos, entre pinturas e tapeçarias – realizadas entre as décadas de 1950 e 70 – que expressam a subjetividade imaginada da artista baiana Madalena Santos Reinbolt, através de um vasto mundo de personagens, paisagens e situações do cotidiano. A mostra é a primeira dedicada à artista autodidata e pretende reverberar e ampliar o debate em torno de sua história e contribuição para a história da arte brasileira.
Sala de vídeo: Aline Motta
Localizada no 2° subsolo do museu, “Sala de vídeo: Aline Motta” exibe a trilogia de vídeos “Pontes sobre abismos” (2017), “Se o mar tivesse varandas” (2017) e “(Outros) Fundamentos” (2017-2019). Com curadoria de Leandro Muniz, assistente curatorial do MASP, os projetos dialogam com parte da história familiar da artista, como um estudo de caso sobre a formação social brasileira e, sobretudo, seus apagamentos, violências e resistências.