Preta Gil no TIM Music Maranhão – Foto Cayo Sousa
Foram dois dias de muita música boa, alegria e boas vibrações em São Luís. Em sua primeira edição no Nordeste, o TIM Music Maranhão, festival gratuito que leva shows de qualidade para espaços democráticos do país, encerrou o final de semana com apresentações de Preta Gil e o grupo BaianaSystem, no Espaço Reserva do Shopping da Ilha.
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NO domingo (6), após a abertura com DJ, Preta Gil foi a primeira a subir no palco. “Fico muito feliz de voltar a São Luís, há uns 5 anos que eu não vinha. Eu adoro São Luís. Acho que iniciativas como essas, de proporcionar shows gratuitos à população, são muito importantes. Fico muito feliz em ver as pessoas interessadas em música, arte, cultura”, falou a cantora antes da apresentação.
Com todo seu astral e carisma, a carioca apresentou o show “Toda Preta” e interpretou músicas de sucesso como “Sinais de fogo”, “Stereo”, “Só o Amor”, entre outras. Em um dos pontos altos da apresentação, quando cantou a canção “Vá se Benzer”, Preta exclamou: “Sou preta, sou gorda, sou bissexual, eu sou eu, diz aí quem é você?”, e interagiu com a plateia. Pedro Baby, diretor artístico do TIM Music Maranhão, foi o guitarrista do espetáculo.
O cantor Russo Passapusso, do BaianaSystem, no TIM Music Maranhão – Foto: Kayo Sousa
Sem deixar a energia cair, em seguida foi a vez do BaianaSystem apresentar show com músicas como “Sulamericano”, “Reza Forte”, “Duas cidades”, entre outras, transformando o Espaço Reserva num verdadeiro caldeirão. Em uma performance empolgante, o grupo botou toda a plateia para pular e dançar.
“Eu acho que o mais importante disso é o momento de reconstrução cultural. Estamos em um momento de luta e reconstrução cultural, tocando para as pessoas na rua, de graça. Todo mundo conseguiu abrir as asas e se comunicar com o som. O som do BaianaSystem é pergunta e resposta, é quebrar a quarta parede. É olhar as pessoas e sentir as pessoas”, disse o vocalista Russo Passapusso logo após o show. Formado em 2009, o grupo surgiu com o objetivo de encontrar novas possibilidades sonoras para a guitarra baiana.
No sábado (5), os Maranhenses puderam desfrutar de shows de IZA, com um show performático e cheio de coreografias com seu grupo de bailarinos, e o grupo Tribo de Jah, homenageando o reggae característico da região.
Rafaello Ramundo, fundador da agência Novo Traço, idealizador e curador do festival, afirma o desejo de expandir para mais capitais. Nosso objetivo com o TIM Music é oferecer à população cultura de qualidade em um ambiente seguro e organizado. Não é porque é gratuito que não se pode fazer um festival com essas características. Depois de tanto trabalho, ver o evento se concretizando, o público saindo eufórico, é uma alegria imensa. Cultura pode e deve ser acessível. Estamos muito felizes com o resultado no Maranhão, nossa primeira edição no Nordeste, estado tão rico culturalmente e que não por acaso foi escolhido para receber o evento. Também incorporamos na equipe uma produção local, ajudando a movimentar a economia. Agora queremos expandir para mais capitais pelo país”, conta o empresário.