Cultura

Casa França-Brasil recebe mostra de fotos sobre resiliência feminina

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Foto: Divulgação

A partir de 11 de novembro, a Casa França-Brasil recebe a exposição “Resiliência – Histórias de mulheres que inspiram mudanças”, uma seleção de histórias premiadas nos concursos da World Press Photo de 2000 a 2021, que salientam a resiliência e os desafios de mulheres, meninas e comunidades em todo o mundo. São retratos documentados por 17 fotógrafos, de 13 nacionalidades diferentes que expressam, por meio das fotografias, suas visões sobre questões como sexismo, violência de gênero, direitos reprodutivos e igualdade de gênero.  A mostra em andamento no Instituto Artium, em São Paulo, chegará em novembro ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

Entre as fotografias em cartaz, “Crying for Freedom”, da iraniana Forough Alaei, que documentou torcedoras proibidas de entrar em estádios de futebol de seu país. Arriscando serem presas, as torcedoras se disfarçam de homens para entrar nos estádios. O retrato “Finding Freedom in the Water”, da fotógrafa Anna Boyiazis, compartilha a história de alunas da escola primária Kijini que aprendem a nadar e a realizar salvamentos, no oceano Índico, na praia de Muyuni, Zanzibar. Tradicionalmente, as meninas do arquipélago de Zanzibar são dissuadidas de aprender a nadar, muito devido à falta de roupas de banho mais recatadas.

As narrativas, contadas por meio das fotografias premiadas, revelam como as questões de gênero evoluíram no século 21 e como o fotojornalismo progrediu em sua forma de retratar essas mulheres e suas histórias. A exposição inclui ainda fotografias de Finbarr O’Reilly, Maika Elan, Catalina Martin-Chico, Pablo Tosco, Olivia Harris, Terrell Groggins, Jonathan Bachman, Heba Khamis, Daniel Berehulak, Robin Hammond, Diana Markosian, Jan Grarup, Magnus Wennman, Irina Werning e Fulvio Bugani. 

Foto: Divulgação

“A imagem icônica captura o instante de um acontecimento único e cria no interlocutor uma conexão emocional. É sempre um registro impactante, com viés político por trás. Com imagens assim, tocantes, a World Press Photo hoje é a maior e mais respeitada mostra de fotojornalismo no mundo. Neste projeto especial chamado “Resiliência”, as fotos abordam uma temática ainda especial: o papel da mulher no protagonismo histórico. Para mim, a série de 2016, da fotógrafa Anna Boyiazis, sobre instrutoras de natação que ensinam mulheres a nadar e realizar salvamentos, em um esforço para reduzir as altas taxas de afogamento na região de Zanzibar, no oceano Índico, é icônica. Compila em um único ensaio aspectos culturais, estéticos, econômicos e comportamentais”, diz Flávia Moretti, que é produtora cultural e representa no Brasil as edições da exposição da World Press Photo.

Foto: Divulgação

“Resiliência – Histórias de mulheres que inspiram mudanças” é uma exposição feita em parceria com a Fundação The World Press Photo e o Reino dos Países Baixos. É gratuita e fica em cartaz de 11 de novembro a 30 de novembro na Casa França-Brasil, no Rio. “A exposição demonstra a habilidade do fotojornalismo em visualizar o poder de mulheres ao redor do mundo, em redefinir suas realidades e vencer desafios. No contexto da liberdade de imprensa, e celebrando a excelência em fotojornalismo, o World Press Photo tem orgulho em trazer essas histórias para o público brasileiro”, explica Raphael Dias e Silva, gerente de projeto na fundação.

Esta exposição reflete o compromisso dos Países Baixos com os direitos das mulheres, a igualdade de gênero e a justiça, fundamentais na defesa de sociedades harmônicas. Mulheres em todo o mundo enfrentam desigualdades profundamente arraigadas, que as mantém sub-representadas em papéis políticos e econômicos. 

Foto: Divulgação

“A exposição ‘Resiliência – histórias de mulheres que inspiram mudanças’ transmite o compromisso dos Países Baixos com os direitos das mulheres, a igualdade de gênero e a justiça. Vozes múltiplas, documentadas por 17 fotógrafos, oferecem uma maior compreensão sobre como as mulheres e os desafios relacionados ao gênero evoluíram no século 21. A violência contra as mulheres prevalece como uma grave questão global de saúde e proteção”, afirma, André Driessen, embaixador dos Países Baixos

Em 2021, em todo o mundo, as mulheres representavam apenas 26,1% de cerca de 35.500 bancadas parlamentares, apenas 22,6% de mais de 3.400 ministérios, e 27% de todas as posições de gerência. A violência contra as mulheres prevalece como uma grave ameaça global e um problema de segurança.

Casa França-Brasil – Rua Visconde de Itaboraí, 78 , Centro, Rio de Janeiro.

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