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Diego Barros expõe obra com óleo que vazou no mar na Expo da Marinha

Artista Diego Barros na exposição “O Astronauta Nu” – Foto: reprodução/Instagram

O artista alagoano, Diego Barros que já é conhecido em sua região pelas suas obras maravilhosas e diferentes, passou por São Paulo recentemente, onde fez sua primeira exposição individual, “o Astronauta Nu” e agora participa do Salão de Artes dos 200 anos da Marinha, com abertura no dia 25 de outubro no Centro Cultural dos Correios.

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A sua obra “Petrol Ocean” que vai ser exposta no Salão ressalta a técnica de tinta acrílica, resina e petróleo em tela de 80x60cm. Segundo Diego sua inspiração veio de uma das invasões de nas praias de Alagoas.” Foi exatamente em agosto de 2019, quando milhares de toneladas de óleo cru invadiram o oceano atlântico, devastando tudo que vinha pela frente”. Nesse período ele visitou as praias e indignado recolheu amostras e fez testes. “Foram várias viagens, náuseas e muitas alergias até́ chegar ao resultado: uma tela, uma imagem vista de cima – onde o tsunami de óleo invadiu a costa brasileira. Diego pintou com o próprio petróleo, a resina ajudou a petrificar aquela forma de piche com cheiro forte Foi assim que ele criou a tela “Ocean”, que virou uma série! Um respeito a natureza e a vida marinha.

“Na linha “Ocean”, Diego Barros abre sua janela imagética e se debruça sobre o oceano, sobre o mar e sua imensidão, mas, como sempre, propõe um olhar crítico e nos faz pensar sobre as milhares de toneladas de óleo cru que invadem nossas praias, devastando e matando o que encontra pela frente, Diego transborda com a fúria de quem não apenas observa, mas sente, no corpo, as consequências desses lamentáveis desastres em desordem”, declara o curador Henrique Gomes.

Obra do artista Diego Barros que utilizou óleo derramado no mar – Foto: divulgação

A arte de Diego Barros se localiza entre o lúdico e o real, entre o conceitual e o pragmatismo. Seu vasto repertório simbólico ora tangencia a pop-art, ora conversa com o academicismo, e por isso mesmo mostra-se rico, expressivo e repleto de possibilidades transgressoras é assim que ele é conhecido por curadores e artistas na sua cidade.

O universo, de fato, é infinitamente vasto e existe muito ainda a ser desvendado – mas, mesmo assim, sabemos mais sobre ele do que o próprio oceano. Cerca de 90% do mar ainda não foi mapeado e conhecemos apenas 1/3 da sua biodiversidade.

O mar, assim como o espaço, é algo fascinante. Sua grandeza, riqueza e complexidade nos faz refletir sobre sereias e mistérios, por exemplo. Sobre um encontro de mundos.

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