Obra “Testemunhos Silenciosos”, de Elke Hülse – Foto: Divulgação
O Museu de Arte Brasileira abre ao público, em 21 de outubro, a exposição “De Fio a Fio – a Herança Têxtil Brasileira de 22 a 22”, em celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
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Com curadoria conjunta de Denise Mattar, Eva Soban e Juan Ojea, a exposição apresenta um conjunto de 30 obras têxteis de diversos artistas contemporâneos e homenageia três expoentes do segmento: Regina Graz, Norberto Nicola e Jacques Douchez.
A exposição mostra a importante herança têxtil brasileira, traçando um panorama a partir da obra da artista Regina Gomide Graz, desde a Semana de Arte Moderna de 1922. Graz foi pioneira da arte têxtil no Brasil e no interesse pela tradição indígena brasileira, participou da Semana da Arte Moderna de 1922 e é uma das introdutoras do estilo art déco.
Além dos três artistas homenageados, também participam da exposição: Adriana Gragnani, Alexandre Heberte, Andréa DallÓlio, Claudia Azeredo, Claudia Dias, Elke Hulse, Eva Soban, Giuliana Sommantico, Jacqueline Chiabay, Joedy Marins, Juan Ojea, Luciane Sell, Magy Imoberdorf, Maria Villares, Marina Godoy, Marta Meyer, Miko Hashimoto, Miriam Pappalardo, Patricia Tavares Sores, Renata Meirelles, Renato Dib, Rosane Morais, Samantha Ortiz, Teresa Albano, Veronica Filipak e Zoravia Bettiol.
Jaqueline Chiabay é a autora da obra “ESPÍRITO Sustentável SANTO processo”, o famoso vestido usado pela personagem Juma Marruá, no remake da novela “Pantanal”. Usando tiras de couro na técnica de croché, o vestido estará exposto em um manequim revestido de tecido de onça, ainda com as manchas de uso.
Vestido de Juma em “Pantanal” – Foto: TV Globo/Divulgação
O universo das obras têxteis é amplo e diverso. Se historicamente as técnicas de tapeçaria, bordado e costura são associadas ao fazer artesanal feminino e ao espaço doméstico, a arte têxtil contemporânea tem atribuído outros sentidos a estes processos e materiais.
A produção têxtil atual deve muito às experimentações pioneiras realizadas no ateliê de tecelagem da Bauhaus. A liberdade criativa que caracterizou o ateliê resulta em tapeçarias que exploram novas técnicas, padrões abstratos, cores e pigmentos. Expandindo as experiências pioneiras do modernismo, obras têxteis contemporâneas propõem diálogos com outras linguagens e suportes.