Após o lançamento de seu primeiro EP, “Maldita”, onde abordou o processo de amadurecimento e afetividade das jovens pretas da periferia, MC Luanna mergulha em si para trazer à tona a sua realidade na comunidade como artista independente. Traduzindo a dualidade entre sua carreira e a sua privacidade por meio da música, a artista lança “44”, sua primeira mixtape. Ouça aqui!
O clipe da nova música sai às 19h.
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Entre amores, alegrias e dores, a tracklist é dividida em duas partes complementares que transformam as composições em cartas abertas para si, tocando em feridas e memórias distantes como forma de celebrar suas origens e conquistas.
O projeto, que discorre das experiências vividas pela artista desde a infância até a atualidade, como um nome em ascensão na cena cultural paulistana, retrata suas vulnerabilidades e sentimentos, se aproximando do público por meio de suas cicatrizes e poesias.
“Eu sou muito grata por todas as pessoas que eu consegui tocar com a minha arte e por todas as conquistas que ela me trouxe sendo a MC Luanna. Mas quando eu estou sozinha na minha casa, longe dos palcos e do estúdio, é a Luanna que precisa acordar cedo e pegar ônibus lotado pra ajudar esse sonho a se manter vivo. Isso me fez pensar em quantas pessoas ao meu redor também precisam incorporar várias facetas no seu dia para continuar lutando, e eu sigo fazendo isso transformando a minha verdade em arte” afirma MC Luanna sobre as suas inspirações.
Carregando o número de sua casa na periferia como um símbolo de sorte e afirmação, a mixtape é dividida em dois atos, onde as quatro primeiras músicas representam a vida privada de Luanna e as quatro últimas representam sua carreira e vida pública, totalizando oito faixas inéditas. Em cada uma delas, a artista representou momentos marcantes e decisivos na sua trajetória, que se fazem presentes dentro e fora dos palcos.
Produzidas em parceria com Marcos Beatman, Mello Santana, JayP e Vitin.wav, as tracks contam ainda com participações de MC Lukinhas Sa, DaGrace e Jhonks.
“A MC Luanna é a minha forma de dar vida para os sonhos da Luanna e daqueles que se parecem com ela, e a minha arte só faz sentido quando eu coloco – e sinto – verdade no que eu to fazendo. Essas verdades são minhas, mas também são das pessoas que vem de onde eu vim e vivenciam coisas parecidas. E eu quero lembrar essas pessoas que elas não estão sozinhas e que elas também têm o direito de sonhar”, conclui a MC.
Narrando e trilhando a sua história enquanto mulher preta e favelada, Luanna lapida sua arte por meio dos seus processos de redescoberta e crescimento, transformando-os em pontes para se conectar com seu público e sua equipe.