A novela “Cara e Coragem”, da TV Globo, vem trazendo diversas reviravoltas em sua trama, transformando antigas amizades em rivalidades. Uma das mudanças é no papel de Batata, vivido pelo ator Diogo Savala, que sai da sombra do antigo patrão, Armandinho (Rodrigo Fagundes), para assumir de vez a liderança da agência de dublês Êxito.
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“Os esquemas do Armandinho se voltaram contra ele. Suas ex-mulheres, cansadas de serem passadas para trás, resolvem tomar a agência e o expulsam de lá. O Batata, que se revelou um galanteador, conquista o coração de uma delas, a Cleide, e a convence de comprar a parte das demais e colocá-lo a frente do negócio. Assim, ele acaba tomando tudo do antigo chefe, a empresa, a ex-mulher e até mesmo o estilo de se vestir, se tornando seu “arqui-inimigo”, conta Savala.
O romance com Cleide (Amanda Mirásci) é um dos destaques cômicos da produção. A paixão entre eles surgiu da raiva por Armandinho, afinal, nada atrai mais as pessoas do que um inimigo em comum.
“É uma mulher forte e independente, então ela manda e ele obedece. É quase uma relação masoquista, um morde e outro assopra. Eu diria que existe até um certo medo por parte dele, que se traduz em excitação e admiração. Até porque ela que é a dona da empresa, então se ele sair da linha é rua. As cenas de amor são hilárias, entre tapas e beijos, mas é sempre o Batata que recebe os (merecidos) tapas.”
Se enquanto subordinado o personagem de Savala estava sempre resolvendo problemas e precisando fugir de confusões, os novos capítulos apresentam um homem mais confiante, um projeto de malandro que vive metendo os pés pelas mãos. “Acho que essa nova fase só revela ainda mais o que ele já era, um sujeito ambicioso com uma síndrome do pequeno poder. É como diz o ditado “se quiser saber como uma pessoa é, coloque-a numa posição de poder”, comenta.
Entre risadas e trapalhadas, a repercussão com o público vem sendo positiva. “A galera está adorando, vivem me mandando fotos da telinha com as cenas do personagem, falando que morrem de rir com ele. Quando estou na rua, volta e meia ouço alguém gritando “BATATA”, e fico confuso, porque não sei se é pra mim ou se estão fazendo um pedido no restaurante”, brinca o ator.
Além da TV, os próximos meses trarão um foco grande no teatro. Savala está produzindo para os palcos uma adaptação do livro “A Arte de Salvar um Casamento”, escrito pelo seu irmão Thiago Picchi, com direção de João Cícero, e previsão de estreia para novembro, além de estrelar o espetáculo “A morte e a Donzela”, de Ariel Dorfman, com direção de Eduardo Milewicz.
“A história se passa alguns anos após o fim da ditadura militar no Chile. A protagonista é uma mulher que foi presa e torturada durante aquele período, e acaba se reencontrando com uma figura do seu passado, e precisa entender como lidar com isso”, finaliza.