Rock in Rio 2022: saiba como foi o primeiro dia de festival

O primeiro dia de Rock in Rio depois de três anos agradou àqueles que defendem o sentido literal do nome do festival. Muito rock e heavy metal fizeram a plateia vibrar em shows memoráveis de bandas como Gojira e Iron Maiden.

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A banda inglesa era uma das mais aguardadas da noite, mas teve uma apresentação marcada por falhas de som que deixaram o volume baixo demais para quem estava mais longe no gramado. Quem estava na plateia ainda teve que lidar com grupos de assaltantes que furtaram celulares principalmente – a única maneira de entrar no festival é com o aparelho já que o ingresso digital é validado com aproximação.

Mesmo com os contratempos, uma das maiores bandas de heavy metal da história conseguiu entregar uma apresentação poderosa cheia de clássicos para os fãs mais antigos da banda.

A setlist também incluiu faixas da turnê que passou pelo festival em 2019, chamada “Legacy of The Beast”. O cenário do palco complementou a experiência ao fazer referência às fases do game.

Ao final, o vocalista Bruce Dickinson prometeu voltar em breve: “Queremos encontrar vocês vivos e bem no ano que vem”.

Outro sucesso europeu, a francesa Gojira trouxe uma interlocução importante com o Brasil ao levar indígenas para o palco e chamar a atenção de quem estava assistindo para a defesa das comunidades tradicionais da floresta. Eles apresentaram a faixa “Amazonia” pela primeira vez no País. “Há fogo no céu, você está na Amazônia, o maior milagre está queimando até o chão”, diz a letra. 

O grupo é conhecido pelas atividades em defesa do meio ambiente. O vocalista Joe Duplantier, inclusive, é ativista e já participou de manifestações em Brasília. A preocupação com o futuro do planeta é tema constante em suas letras.

Antes de introduzir “Another World”, ele alertou: “Tivemos essa fantasia de construir um foguete e sair no espaço em busca de um lugar melhor. Mas não encontramos, por enquanto só temos isso, o planeta Terra. Depende de nós fazer dele um lugar melhor”.

De origem galesa, Bullet for My Valentine representou no palco Sunset aqueles que cresceram ouvindo emo dos anos 2000. Com uma setlist que fez o público cantar a plenos pulmões, o som agitou rodinhas de punk com muito bate cabeça. 

Representaram – muito bem – o rock e o punk nacional nomes como Ratos do Porão, Oitão, de Henrique Fogaça, e Sepultura, que levou a Orquestra Sinfônica Brasileira ao palco Mundo.

Em uma apresentação emocionante, a união entre música clássica e a maior banda nacional de heavy metal foi um dos pontos altos do primeiro dia, em uma combinação de momentos frenéticos e poéticos, que inclui números de Beethoven e Vivaldi.