Uma homenagem a um dos maiores mestres brasileiros quando se fala em interpretação. Com direção de Marco Abujamra, o documentário “Paulo Autran, Senhor dos Palcos”, produção da Dona Rosa Filmes, ganha exibição do SescTV em 2 de setembro (sexta-feira), às 23h, com reapresentação em 6 de setembro, à 1h. O filme também poderá ser assistido sob demanda, no site do SescTV, a partir do dia 2 de setembro.
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Com duração de 1h22’, a produção percorre momentos importantes da trajetória do artista, falecido em 2007, aos 85 anos de idade, que dedicou toda sua vida à dramaturgia e deixou um extenso legado de trabalho nos palcos, no cinema e na TV. Para ilustrar sua contribuição às artes cênicas, o documentário traz depoimentos de grandes amigos do palco e da vida do ator. Entre eles, o de Karim Rodrigues, com quem o ator foi casado e sua grande companheira até a morte dele. Ela apresenta memórias fotográficas de longa data e com significados especiais na carreira do ator. Abujamra também brinda os espectadores com uma compilação das várias passagens de Autran pelo cinema, como em “Terra em Transe” (1967), e também na televisão, como a cena antológica protagonizada por ele e Fernanda Montenegro na novela “Guerra dos Sexos” (1983).
A produção ainda traz falas de Autran, de diferentes momentos de atuação, interpretadas por atores convidados, como Gustavo Machado, Bete Coelho, Bruce Gomlevsky e Patrícia Selonk. Complementarmente, o documentário reproduz depoimentos do homenageado, como o que concedeu ao programa “Roda Viva”, em que ele afirma que, em seu método de trabalho, o respeito ao diretor sempre foi uma premissa fundamental.
A produção também reúne testemunhos de profissionais renomados, como o diretor Ulisses Cruz, que relembra a montagem de “Rei Lear” e a forma como o ator compôs o personagem trágico de Shakespeare de forma única, trazendo toda a sua miséria psicológica. Por sua vez, Mauro Farias, que dirigiu Autran em “O Enfermeiro”, cita o momento em que, depois do personagem morto, o intérprete fazia questão de permanecer dentro do caixão, coisa que o diretor queria poupá-lo. Por sua vez, em uma referência à montagem de “Solness”, o diretor Eduardo Tolentino recorda os embates com Autran, que não queria determinadas soluções de cena, mas que ele, Tolentino, percebeu anos mais tarde o quanto tinha sido imaturo em não concordar.
O documentário se encerra com Fernanda Montenegro lendo uma carta que ele lhe enviou depois de receber fotos da novela “Guerra dos Sexos” mandadas por ela. Depois, a atriz lê a carta que mandou a ele como resposta.
Assista em www.sesctv.org.br.