Vista da ARCA durante a SP–Arte 2021 – Foto: Divulgação/SP–Arte
A SP–Foto cresceu. Em 2022, a tradicional feira de agosto dedicada à fotografia passa a abranger múltiplas linguagens artísticas. Trata-se da “SP-Arte Rotas Brasileiras”, que acontece de 24 a 28 de agosto na ARCA, galpão de 9 mil metros quadrados localizado na Vila Leopoldina, em São Paulo.
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Com foco em projetos selecionados, sejam eles solos ou coletivos, a feira busca estreitar laços entre agentes das cinco regiões do País, valorizando a produção artística de todo o território nacional. Segundo Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte, “existe uma produção de altíssima qualidade que vem da Amazônia, do Vale do Jequitinhonha, de capitais e interiores em diferentes regiões a qual nem sempre temos acesso. Rotas Brasileiras é um convite a essa imersão”.
Fernanda Feitosa – Foto: Jéssica Manga
Participam cerca de 70 expositores, entre galerias de arte de norte a sul do País e projetos convidados que costuram diferentes pontos de vista do Brasil. Para essa edição, a SP-Arte preocupou-se em trazer expositores de diferentes estados que se interessam em falar sobre os diferentes fazeres artísticos brasileiros, desfazendo fronteiras entre o erudito e o popular, o centro e a periferia, o comercial e o institucional e trazendo a cosmovisão de diferentes Brasis.
Nove projetos vindos, principalmente, de fora do eixo São Paulo-Rio, apresentam exposições próprias, como Arte Pará (PA), um dos mais antigos eventos de artes visuais do Brasil, que comemora seus 40 anos e conta com a curadoria de Paulo Herkenhoff e Laura Rago; Uma Concertação pela Amazônia (AM), que mostra fotografias da região com curadoria de Eder Chiodetto; Premear (MA), projeto que busca fomentar a produção de artes visuais do Maranhão a partir de uma articulação em rede; Novos para Nós (SP), que mapeia a arte popular de todo o Brasil e apresenta uma seleção de trabalhos de artistas do Vale do Jequitinhonha; Fundação Pierre Verger (BA), criada em 1988 em Salvador com objetivo de preservar e divulgar a obra do seu instituidor e estabelecer e manter intercâmbios culturais, humanos e científicos entre o Brasil e a África e, principalmente, entre a Bahia e o Golfo do Benin; Prêmio Museu É Mundo, edital que busca mapear, fomentar, difundir e viabilizar ações artísticas que propiciem desenvolvimento cultural e social nas diversas regiões do país; Instituto Mario Cravo Neto (BA) criado em 2016 para promover conhecimento e compreensão sobre o legado do artista, incluindo a variedade de técnicas, meios e assuntos que Cravo Neto explorou ao longo de sua vida, entre outros a serem confirmados.
Galerias que tradicionalmente participam da feira também fazem parte da edição, como Almeida & Dale, Central, Choque Cultural, DAN Galeria, Galleria Continua, Gomide&Co, HOA, Luisa Strina, Marília Razuk, Millan, Nara Roesler, Paulo Kuczynski, Pinakotheke, Sé, Vermelho, VERVE e Zipper. Além destas, a Galatea, nova galeria paulistana dos sócios Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, faz sua estreia na feira com uma coletiva de artistas brasileiros que lidam em suas obras com composições geométricas construídas a partir da trama e da grade. Parte dos expositores vem de outros estados, como a Arto Galeria (MT), Marco Zero (PE), Paulo Darzé (BA), Karandash (AL), Karla Osório (DF), Rodrigo Ratton, Belizário e AM Galeria (MG), Zielinsky (RS e Espanha) e Zilda Fraletti (PR).
A partir da noção de projetos, parte das galerias traz solos de artistas, como Siron Franco (Goiás, 1947), pela Paulo Darzé Galeria (BA), Brisa Noronha (Belo Horizonte, 1990), pela Sé Galeria (SP), Maria Lira Marques (Araçuaí, 1945) pela Rodrigo Ratton Galeria (MG), Humberto Espíndola pela Arto (MT), Washington da Selva (Carmo do Parnaíba, 1991) pela Samba (RJ), enquanto outras promovem diálogos entre dois artistas, como Fernando Lemos (Lisboa, 1926–2019) e Ana Claudia Almeida (Rio de Janeiro, 1993) e Tatiana Chalhoub (Rio de Janeiro, 1987), pela Quadra (RJ).
“Trata-se de um espaço para descoberta de novos artistas, resgate de nomes históricos, e ampliação de conhecimento, com um olhar aberto e curioso sobre a produção artística do país”, sugere a diretora de novos negócios da SP-Arte, Tamara Brandt Perlman.
ARCA – Av. Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina, São Paulo, SP.
Com valores de R$ 25 (meia-entrada*) a R$ 50 (geral), os ingressos começam a ser vendidos no dia 25 de agosto exclusivamente online.
*Meia-entrada para estudantes, portadores de deficiência e pessoas com mais de sessenta anos (necessária a apresentação de documento). Crianças até dez anos não pagam entrada.