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Vitão mostra pluralidade artística em novo EP

Vitão lança EP “Mais Uma Vez” – Foto: Thiago Tsung

A música escolhida para dar nome e antecipar o novo EP  de Vitão não poderia ser outra, “Mais Uma Vez” retrata o momento de liberdade, autoconhecimento e confiança do artista. Inteiramente composta e produzida por ele, a música já havia sido lançado junto a um videoclipe dançante, dando a vibe do restante do compacto, que tem mais quatro músicas inéditas.

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Como na letra da música Vitão fala “é para bater no peito das pessoas que durante muito tempo me desvalorizaram, mas principalmente no peito das pessoas que sempre estiveram aqui quando eu mais precisei”, diz ele sobre a composição. Durante todo o processo de escrita e produção dessa música o cantor estava sozinho, em um momento muito intimista.

Já nas outras quatro músicas inéditas que compõem o EP, Vitão teve a ajuda de Rafinha RSQ, e chegou a viajar para Salvador para produzir com o parceiro. “Ele é um cara que tem muito essa linguagem povão mesmo da música, da massa, e quis me juntar a ele justamente para atingir essa linguagem”, conta o artista, que está sempre buscando sair da sua zona de conforto.

Defendendo a bandeira da pluralidade enquanto artista, o cantor não se rotula em nenhum estilo ou gênero musical e, mais recentemente, tem se aventurado na dança. “Minha relação com a dança tem sido uma relação de me descobrir como artista em outros âmbitos, e de crescimento mesmo, de liberdade artística. Tenho me sentido muito mais seguro para fazer o que eu quiser em cima do palco, na frente das câmeras.”

Com o lançamento, Vitão espera que as pessoas consigam ver a verdade e o sentimento que ele coloca em sua música. E, segundo ele, os shows do novo EP acontecerão “muito em breve”, ele está apenas organizando as ideias e a estética dessa nova proposta.

Leia a entrevista completa a seguir:

RG – Além de antecipar seu novo trabalho com o lançamento da música “Mais Uma Vez”, ela também dá nome ao EP, por que ela foi a escolhida?

“Mais Uma Vez” foi escolhida para puxar o EP e para dar o nome do EP também porque era uma música muito significativa e especial para mim pelo fato de a autoria dela ser 100% minha. É uma música que eu fiz sozinho desde a parte de composição até a gravação dos instrumentos, de voz, tudo, eu só não mixei. E é uma música que fala muito sobre esse meu momento de liberdade, de autoconhecimento, de recuperação de autoconfiança, e a letra fala sobre isso. É para bater no peito das pessoas que durante muito tempo me desvalorizaram, mas principalmente no peito das pessoas que sempre estiveram aqui quando eu mais precisei. Por isso achei que fazia sentido essa música ser a que vai puxar o EP de fato e levar o nome também.

RG – Mais dançante, essa música veio junto a um clipe que tem vários passinhos, qual sua relação com a dança? As outras músicas do EP seguem na mesma linha?

Sim, com certeza as outras músicas do EP estão todas muito dançantes e os clipes delas também vão trazer muito movimento. Diferentemente do clipe de “Mais Uma Vez” que foi tudo coreografado, os clipes das quatro inéditas do EP vão trazer muita dança de freestyle, muito simples, só sentir a música e dançar. E minha relação com a dança tem sido uma relação de me descobrir como artista em outros âmbitos, e de crescimento mesmo, de liberdade artística. Tenho me sentido muito mais seguro para fazer o que eu quiser em cima do palco, na frente das câmeras, enfim, tem sido muito bom.

RG – Quando surgiu a ideia de fazer este compilado de músicas? 

Eu me planejei para ir para Salvador, para trabalhar com o Rafinha RSQ, que é um dos maiores produtores e compositores da atualidade no Brasil, um cara que vem muito da linguagem do axé, do sertanejo e do popzão, e que tem muito essa linguagem povão mesmo da música, da massa. A gente já era parceiro e eu quis me juntar com ele para justamente atingir essa linguagem do povo, uma linguagem mais simples, mais direta, e muito ritmo. O Rafinha também é um cara que traz muita percussividade no seu som. Então quando eu fui para Salvador foi justamente para me encontrar com ele e poder trazer um conjunto de músicas que trouxessem algo diferente do que eu já venho fazendo, que me tirassem da minha zona de conforto e me levassem para outro lugar.

RG – Como foi o processo de idealização, composição e produção desse projeto?

Foi muito intenso. “Mais Uma Vez” foi uma música que eu fiz totalmente sozinho então os momentos de produção e composição dela foram eu comigo mesmo no meu quarto com meu computador. Às vezes até no projac, quando a gente estava filmando a dança dos famosos, eu levava o computador para terminar a composição, então foi muito íntimo, uma parada muito sozinho. E o meu processo com o Rafinha também foi muito intenso, lembro que a gente pulava, gritava e chorava, foi muito emocionante porque a gente estava sentindo que a música vinha de uma forma muito verdadeira, e a gente ficava muito empolgado.

RG – Quando você se entendeu como produtor, além de cantor e compositor?

Eu diria que foi em 2020, no primeiro ano de pandemia, quando eu realmente tive tempo de parar um pouco, sair da estrada, e  sentar na frente do computador para aprender a produzir de fato. Eu sempre estive ao lado dos meus amigos produtores, sempre observando e prestando atenção na forma como eles produziam, mas eu nunca tinha pegado para passar minha ideias para o computador. Aí a pandemia foi realmente esse tempo que eu tive para entender como mexer no programa e como concretizar isso, passar minha ideias com solidez para o computador. Não só ideias eletrônicas mas também gravar muita coisa, comprei alguns instrumentos a mais, então estou produzindo bastante coisa orgânica, indo para outro lado. E tenho entendido cada vez mais que para você produzir você só precisa ter uma boa sensorialidade de música, precisa ter a música dentro de si.

RG – O EP inteiro teve mão sua na produção, como foi encarar este desafio?

Foi muito incrível, a “Mais Uma Vez” eu fiz totalmente sozinho e nas quatro inéditas eu pude trabalhar ao lado do Rafinha. Eu pus a mão na produção ali junto mas ele obviamente pegou mais para si, mas eu estive junto ali nas ideias e até em alguns momentos tocando tambor, percussão, teclado, sintetizadores, gravei bastante coisa junto dele. E foi uma honra, não diria que foi um desafio, diria que foi mais uma alegria, uma dádiva poder fazer isso, porque é tudo muito natural, não precisa de muito esforço, e me dá muito prazer.

RG – Quais as suas expectativas com esse lançamento e como você quer que este trabalho chegue para as pessoas?

Minhas expectativas são de que esse lançamento leve para as pessoas com muito mais força a ideia de que eu sou um artista plural, capaz de fazer qualquer tipo de música e capaz realmente de não me encaixotar nem me rotular em nenhum estilo ou gênero musical, de que eu realmente tenho essa diversidade em mim, minhas referências são muitas, e de que isso vai ficar cada vez mais explícito na minha música. E do quão verdadeira é minha música também, o sentimento que eu coloco nela, e que é por isso que no fim as pessoas se identificam tanto. Acho que é isso que eu quero que fique para as pessoas.

RG – Quando podemos esperar shows do novo EP?

Muito em breve! Já quero prepara algumas ideias para esse show novo, com certeza, para a gente trazer coisas diferentes para o show, uma estética nova.

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