Baile Profano – Foto: divulgação
O neoritmo criado com a fusão entre o funk e a música eletrônica, há alguns anos, o “Posfunk”, bomba e enche várias pistas nas noites de todo Brasil. Muitos DJ´s e produtores produzem esse dueto sonoro, mas quem aposta e investe nesta sonoridade como festa, selo e “label” é o Baile Profano, criado e comandado pelo publicitário e DJ Andi Pereira (aka Dj profano).
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“Quando propus esta mistura, na época, ninguém compreendia, até tiraram sarro. Hoje, vejo a cena clubber e underground se acabando nas pistas ao som do pancadão”, comenta Andi.
Em sua primeira edição, em maio de 2017, o Baile Profano já ousava, ao trazer no mesmo lineup os Djs Pil Marques (criador do Hells Club, movimento que marcou a cena dos anos 90) e Mirands, um dos fundadores da Batekoo. Praticamente uma heresia. Uma mistura improvável, surpreendente e deliciosa.
A cada dia surgem novos produtores e Djs apostando nesta vertente. Nomes como Badsista, que é DJ da da Linn da Quebrada, e Ubunto, produtor e DJ baiano que já produziu de Mc Tha a Adriana Calcanhoto, já passaram pelo lineup do Baile, desde o seu início. Djs consagrados como Renato Cohen, Magal e Glaucia++ também já marcaram presença, ao lado de novos talentos apostas do Baile, como Ana Peroni, Mary D e Angélica Moller.
Baile Profano – Foto: divulgação
Itinerante, o projeto já passou pelos principais clubes e bares do “underground” paulistano, como Jerome, Bar do Netão, VGLNT, Orfeu e Presidenta. Também já animou eventos de arte, cultura e moda como SPFW, Glamurama e Centro Cultural da Juventude.
Além do post funk, o Baile Profano aproxima diferentes ritmos percussivos, como “house music” e technom, em versões nada óbvias, muitos dançantes e difíceis de rotular – para dançar sem saber o ritmo. Mais do que uma mistura, uma profanação que acabou conquistando as pistas e o exigente público da cena underground paulistana. Plural desde o som, o Baile Profano é um convite a quebrar a bolha e conhecer outras sonoridades e outras vivências.