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Diogo Savala, que está em “Cara e Coragem”, fala da novela e de seus projetos com animais

Foto: Oseias Barbosa

Atualmente em “Cara e Coragem”, novela das 19h da TV Globo, Diogo Savala vive Batata, um homem disposto a fazer de tudo para chegar onde quer na vida. Na trama, que gira em torno de dublês, em especial os personagens Moa (Marcelo Serrado) e Pat (Paolla Oliveira), seu personagem é o braço direito de Armandinho (Rodrigo Fagundes), dono da agência de dubles Êxito, e vive sofrendo às custas do patrão, um cara escorregadio que deve dinheiro a muita gente e foge constantemente de suas ex-mulheres.

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“O Batata está sempre resolvendo os problemas do chefe, ouvindo as reclamações de todos e assumindo as responsabilidades, é um sobrevivente. Mais para frente ele mostra seu verdadeiro objetivo, que vai dar muita treta com o Armandinho”, conta Savala.

Foto: Oseias Barbosa

Porém o ator, diferentemente do seu personagem, não faria qualquer coisa para se dar bem como seu personagem. “Eu não diria que o Batata é um vilão, mas ele faz qualquer coisa pra subir na carreira, mesmo que isso signifique passar por cima de outras pessoas. Somos bem diferentes, porque são coisas que eu nunca faria. Acho que temos que crescer juntos daqueles à nossa volta, e não por cima deles”, diz.

Nos estúdios, ele relata que o elenco é como uma grande família e fala da amizade com os atores Rodrigo Fagundes e Kaysar Dadour. “O Kaysar tem uma energia incrível. Ele sempre conta que faz 1.000 abdominais por dia, e sempre que nos encontramos eu o desafio nas flexões, mas acabo perdendo (risos). Ele é quase um personal, sempre me dá dicas de exercícios. Já com o Rodrigo, nos demos bem logo de cara. Eu já o conhecia brevemente antes, mas nunca havíamos trabalhos juntos, e acho que funcionamos muito bem em cena. 

E não é só durante as gravações que a equipe está em harmonia. “A gente se dá tão bem que temos dois grupos no WhatsApp, um para falar da novela em si, e outro onde falamos sobre assuntos mais corriqueiros, quase todo mundo participa, me sinto em casa”, conta.

Savala ainda fala sobre o papel da teledramaturgia brasileira aqui e no exterior. “Novela é uma obra aberta, ela vai sendo exibida junto das gravações, então tudo pode mudar ao longo do caminho. A gente nunca sabe o que vai acontecer com o personagem, porque dependente do público também. Ao mesmo tempo ela serve como uma vitrine. Temos excelentes atores fazendo novelas aqui, somos muito bons nisso, inclusive exportando para outros países. “Cara e Coragem”, por exemplo, é exibida em Portugal e outros países”, explica .

Foto: Oseias Barbosa

Antes de voltar a trabalhar nas telinhas no Brasil, Savala viveu alguns anos em solo norte-americano, onde foi premiado com uma bolsa integral para estudar dramaturgia na escola Lee Strasberg Theatre & Film Institute, em Los Angeles. Logo em seguida, conseguiu uma oportunidade na TV, tornando-se apresentador de diversos programas naquele país. Retornando ao Brasil, em 2007, começou a trabalhar em novelas. Além de “Cara e Coragem”, já esteve em “Amor e Revolução”, do SBT, em 2010, e participou de “Malhação – Seu Lugar do Mundo” (2015) e “Orgulho e Paixão” (2018), ambas da TV Globo.

“Em “Amor e Revolução” fiz o Padre Bento e foi um trabalho bem interessante. A trama se passava na época da ditadura militar no Brasil e esse personagem abrigava refugiados da perseguição policial na história.”

O carioca de 44 anos também faz o espetáculo “Tá Certo ou Não Tá?!”, que conta a história do saudoso palhaço Carequinha, escrita pelo seu irmão Thiago Picchi.

“É uma homenagem ao palhaço mais famoso do Brasil, além de ser um grito de socorro à arte. A peça fez uma parceria com a Prefeitura do Estado do Rio de Janeiro para ser levada para os palcos dos Cieps (Centros Integrados de Educação Pública), quase que totalmente nas periferias, em uma área onde o teatro normalmente não vai. As crianças que assistem falam que é a primeira vez no teatro, e isso torna a experiência mais especial”, relata Savala.

Foto: Oseias Barbosa

Além das artes, o ator também tem outra paixão: os animais. Ele é voluntário na ONG Os indefesos, que resgata animais de abrigo e os coloca em lares temporários, enquanto aguardam por uma adoção definitiva. “Eu sempre amei animais. Já cuidei de todo tipo de bichinho e na ONG eu vou abrigando os cachorrinhos enquanto procuram um lar definitivo. Eles precisam se sentir amados, como foram abandonados, eles estão com medo e tristes, então o que podemos dar mesmo é amor e atenção”, finaliza.

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