Chip, 2022. Eduardo Coimbra. MDF pintado – Foto: Eduardo Coimbra
Uma experiência espacial com cores. Preto, branco, vermelho, amarelo, verde e azul foram escolhidos por Eduardo Coimbra, para compor obras tridimensionais, apresentadas em “Fatos Cromáticos”, em cartaz na Galeria Lume do dia 19 de julho até 20 de agosto. Com curadoria de Paulo Kassab Jr., a exposição reúne 11 trabalhos inéditos do artista que explora, pela primeira vez, o universo cromático.
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Nas obras apresentadas, Eduardo trabalha a espacialidade e dialoga com a arquitetura e a paisagem, utilizando madeira, mdf e tinta esmalte. “É uma leitura do espaço, sendo dinamizado pelas cores. Produzi um conjunto de esculturas de parede, uma sequência que coloca em questão o ambiente e a interação das obras com ele”, explica.
Segundo Paulo Kassab Jr, a mostra é rítmica e psicodélica. As cores têm certo movimento visual. Movimento esse que conversa com inspirações musicais. A obra “A Grande Morsa” possui uma ligação com o poema de Lewis Carroll, e com a canção “I am the Walrus”, gravada por The Beatles.
Eduardo Coimbra – Foto: Eduardo Coimbra
Ao percorrer a exposição, percebe-se que os trabalhos são interligados por pinturas nas paredes, que conectam as formas e as cores de todos eles com a arquitetura da galeria. O fato dos trabalhos usarem sempre as mesmas cores, cria uma associação arquitetônica entre cor e espaço, produzindo uma relação de rebatimento entre as obras. “A cor quase sempre adjetiva. Confere mais uma camada”, reflete o artista. E o curador complementa: Se na poesia de Rimbaud, “A cor da Vogal”, o poeta revela as cores das letras: “A negro, E branco, I rubro, U verde, O azul, vogais: Ainda desvendarei seus mistérios latentes”, na obra de Eduardo Coimbra, a cor é um espaço a ser decifrado.