Foto: Divulgação
A atriz Laura Proença, que ficou conhecida em todo o Brasil por causa da Vesga de “Duas Caras” – atualmente em reprise na Globoplay -, passou os últimos 11 anos longe do vídeo, mas prepara seu retorno, e que retorno. Por causa da maternidade e também da síndrome do pânico que sofreu, Laura passou muito tempo reclusa e dedicada à família. “Foi terrível para mim. É uma doença solitária”, diz ela, hoje 100% curada. “Não tomo mais nenhuma medicação”, avisa. Refeita, ela estará na superprodução “Nada é por Acaso”, com direção de Márcio Trigo, prevista para estrear nos cinemas no segundo semestre. Mas não só isso.Também lança em setembro seu primeiro álbum como cantora. Filha de pai pianista, Miguel Proença, Laura alimentava o sonho de cantar profissionalmente havia muitos anos. “O bicho da música me mordeu de vez só agora”. A estreia será cantando o repertório de Chico Buarque. Antes, ela participa, no dia 30 deste mês, da apresentação virtual do texto “Feliz Por Nada”, pelo Sympla, sob a direção de Stella Maria Rodrigues.
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Laura, você é filha de pianista (Miguel Proença) e, desde pequena, criada com música. Por que só agora decidiu gravar um álbum?
Na verdade, sempre foi um sonho meu e um desejo da minha família e amigos. Diziam sempre para eu gravar, explorar mais meu lado cantora. Minha professora de canto também insistia muito. Mas eu fui deixando meio de lado e priorizando outras coisas, até que o bichinho da música me mordeu de vez agora.
Como será o disco em que canta músicas de Chico Buarque? Quando deve ser o lançamento?
É um imenso prazer fazer o meu primeiro álbum homenageando um dos meus compositores favoritos, Chico Buarque, que é simplesmente genial. É um disco de paixão, pois sou filha de pianistas e a música sempre fez parte da minha vida. Assim, resolvi pegar alguns clássicos desse autor incrível e dar a minha forma de interpretação, que também é muito da atriz, fazendo essa junção com meu lado cantora. Estamos ainda em estúdio e será lançado em setembro, é um “disco de primavera”. Serão 12 faixas, a produção é do meu amigo Márcio Gomes, que além de grande cantor, com 25 anos de carreira na música romântica, está fazendo sua primeira incursão profissional no álbum e está sendo maravilhoso esse encontro da gente.
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Na pandemia, paralelamente, você criou o projeto “Mulheres em Mim”, em que homenageia fielmente grandes mulheres do showbiz. Conte um pouco sobre a concepção e também quais serão as próximas homenageadas?
A ideia do projeto surgiu no período da pandemia, naquele contexto de isolamento. Falamos sobre mulheres e suas histórias de sucesso, alegrias, dramas e superação. Fazemos uma pesquisa sobre a homenageada, com caracterização e fotos. Em cada flash, tento trazer aquela persona, falo um pouco sobre sua vida por meio dos Stories no Instagram, além de um texto. É maravilhoso, pois mostra a capacidade de adaptação e a força da mulher, já fiz Carmen Miranda, Elizabeth Taylor, Cher e Anitta, entre outras grandes mulheres. As próximas serão Britney Spears e Vivien Leigh.
Como será a sua personagem na leitura dramatizada de “Feliz por Nada”?
Minha personagem é a Laura, professora, casada há 15 anos, mãe de duas filhas e dedicada à família. Mas ela se sente insatisfeita com a vida e seu casamento, pois seus sonhos são sempre deixados de lado para cuidar da família. Ela se sente frustrada. Mas, quando conhece Juliana, passa a sentir uma admiração enorme e uma vontade de transformar sua vida. É uma amizade que começa do nada e se torna inseparável. Uma peça linda e tão verdadeira que nos envolve profundamente.
Você ficou alguns anos longe do vídeo. Por quê? Têm projetos para o audiovisual?
Fiquei, sim. Assim que meu primeiro filho nasceu, tive síndrome do pânico, o que me afastou temporariamente dos palcos e da TV. Foi um período em que me dediquei totalmente à minha família, o que foi essencial para mim.
Como isso aconteceu? Você pode dizer que está 100% curada?
Foi terrível, pois há 11 anos não se falava muito sobre o assunto e eu não conhecia ninguém que tivesse passado pela mesma situação. Foi uma doença “solitária”. Fiz o tratamento correto durante um ano e meio e me curei. Nunca mais tomei nenhum remédio e aprendi a lidar com a ansiedade com exercícios de respiração.
E no dia a dia, como se divide entre as tarefas artísticas e a maternidade?
Com muito amor e leveza. Naturalmente, as coisas vão se encaixando e também tenho a ajuda do meu marido e da minha querida amiga e babá Taty, que há 15 anos me ajuda na correria dessa vida. Sempre que podem, meu marido e filhos me acompanham nas viagens a trabalho, me prestigiando e fazendo do trabalho algo ainda mais maravilhoso. Minha vida é muito simples. Adoro ver séries com meu marido à noite, brinco com meus filhos. Sempre que posso conto histórias para eles dormirem e, às vezes, até caímos no sono juntos (risos).
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Como você se cuida? É a favor da harmonização facial?
Me cuido bastante e sempre sigo as orientações da minha dermatologista e amiga Gisele Torok. Faço tratamentos para estimular colágeno e, sim, sou a favor da harmonização facial, desde que seja feita com bons profissionais. Por ouro lado, acho que hoje em dia está havendo um exagero e todos estão ficando muito parecidos.
Tem projetos para o audiovisual?
Sobre projetos, em outubro será lançado o filme “Nada é por Acaso”, uma adaptação do livro de Zíbia Gasparetto, com direção de Márcio Trigo e um elenco maravilhoso. O filme está lindo. Também estou em mais dois filmes que estão em fase de pré-produção.