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Rita Lee ganha show-homenagem de seu filho Beto

Beto e Rita Lee – Foto: Divulgação

Desde que nasceu, Beto Lee foi embalado pela mente criativa da mãe, Rita Lee, e do pai, Roberto de Carvalho. Ele foi testemunha da criação de hits que moldaram – e mudaram – o pop-rock brasileiro. Beto cresceu e acabou se tornando parte da banda da mãe, hoje segue carreira solo e é integrante dos Titãs. Agora faz uma homenagem a Rita com o show “CeLeeBration”, que estreia nesta quarta-feira (15.06), no Teatro Liberdade, em São Paulo. Hits da carreira solo de Rita e também de suas incursões com as bandas Os Mutantes e Tutti Frutti estão no setlist do show, como “Saúde”, “Lança Perfume”, “Ovelha Negra”, “Ando Meio Desligado”, “Agora Só Falta Você”, “On The Rocks”, “Mania de Você” e “Banho de Espuma”.

Como e quando você teve a ideia de fazer uma homenagem à sua mãe? 

Alimento essa homenagem já faz um tempo. Sinto que chegou a hora de colocar o bloco na rua e já estou bem azeitado para tocar esse show com muito carinho e respeito pelo catálogo musical construído nesses 50 anos de carreira.

Qual é a magia que há nas músicas de Rita Lee capaz de sempre renovar seu público? 

A magia que há em qualquer artista de verdade: as músicas sempre serão atemporais.

O show “CeLeeBration” seria feito em 2020, mas foi cancelado em função da pandemia. Nesses dois anos, o que mudou no projeto?

Tivemos que reacessar o show para que fosse viável colocá-lo em prática. Infelizmente, a pandemia foi um balde de água fria em todos nós. Mas dois anos depois, estamos estreando esse show com essa temporada no Teatro Liberdade. Aos poucos as coisas vão se encaixando.

Beto Lee – Foto: @silmara_ciuffa

Com tantos hits, imagino que foi difícil montar o setlist. Qual foi o seu critério? Por qual(is) música(s) você guarda um carinho especial? Por quê? 

Foi a parte mais difícil, sem dúvida. Como sintetizar 50 anos de carreira e vários sucessos em uma hora e meia de show? Quais entram e saem do repertório? Tenho carinho por tantas que fica difícil listar aqui.

Houve algum tipo de participação da Rita no projeto além das bênçãos? 

Dona Rita faria sim uma participação rápida na estreia que teria acontecido em 2020, mas aí veio a pandemia e logo depois o diagnóstico da doença, então infelizmente ela não subirá ao palco. Ela quer assistir ao show. Sem a bênção deles, dela e do meu pai, nada disso seria possível.

Como serão os arranjos? Você vai ser fiel às gravações que ficaram eternizadas ou está preparando alguma roupagem nova? 

Estamos mantendo a fidelidade sim, afinal de contas o solo de “Ovelha Negra” tem que ser nota por nota.

Depois de tantos anos participando das turnês dos seus pais, qual o maior aprendizado que você extraiu deles como músico e artista?

Sem dúvida foram dois pilares do que sou hoje. Meu pai é a razão pela qual eu toco guitarra, ponto final. E aprendi com tantos outros artistas também. Com os Titãs esse aprendizado é constante também. Britto, Branco, Bellotto e Mario são mestres.

Beto Lee – Foto: Divulgação

Você e Roberto são ases da guitarra. Quais são as diferenças e semelhanças de estilo que vocês têm?

Blues, primeiramente. Temos referências parecidas, como Leslie West e Hendrix. Mas ele toca bossa nova com maestria e eu não tenho talento pra violão de nylon.

Como está sendo o reencontro com a banda com a qual você tocou tantas vezes? 

Somos uma família. Uma gangue. Uma turma que tem anos de amizade, então isso torna tudo mais fácil. Não sei se eu conseguiria contratar músicos que não conheço para tocar esse show comigo. O Lee Marcucci me pegou no colo, o Edu é meu irmão e parceiro há 30 anos. It’s a family affair.

Você canta em todas as faixas ou divide os vocais com a Debora Reis?

Canto e divido. Debora é uma voz importante e sem ela esse show não rola.

Teatro LiberdadeR. São Joaquim, 129, Liberdade, São Paulo.
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/73481/d/139809.

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